Trajetória da New Horizons |
Depois de quase nove anos na estrada, a New Horizons está no que a NASA chama de "Pluto-Space", no espaço de Plutão! (conforme anunciado em suas redes sociais).
No dia 7 de julho de 2014, a sonda espacial New Horizons estava a 29,8 A.U.* (unidades astronômicas), ou seja 29,8 vezes a distância da Terra ao Sol, e colocou-se dentro dos limites da órbita excêntrica de Plutão.
Emocionante! Já que Plutão é o seu alvo primário!
E enquanto muitos estão focados no encontro da sonda com Plutão em si, a Nasa já está planejando o que fazer a seguir com a nave espacial.
Em meados de junho, o Telescópio Espacial Hubble iniciou uma pesquisa de teste a respeito dos objetos gelados do Cinturão de Kuiper que a New Horizons tem como seu próximo alvo.
De acordo com um anúncio feito na semana passada, esta pesquisa de teste foi bem-sucedida o suficiente, já que teve como resultado, dois objetos encontrados, que o Hubble irá agora investigar com mais detalhes.
Prevê-se que a New Horizons sobrevoe Plutão e suas luas em julho de 2015.
Concepção Artística da Sonda - Crédito: Nasa |
Para entender melhor
New Horizons é uma missão não-tripulada da NASA que tem o objetivo de estudar o planeta-anão Plutão e o Cinturão de Kuiper.
Ela deverá ser a primeira espaçonave a sobrevoar Plutão e suas pequenas luas Caronte, Nix, Hydra, Cérbero e Estige, com uma data estimada de chegada ao sistema Plutão-Caronte em 14 de julho de 2015, após cerca de nove anos e meio de viagem interplanetária.
O principal objetivo desta missão é o de caracterizar globalmente a geologia e a morfologia de Plutão e suas luas, além de mapear as suas superfícies.
Além disto, a New Horizons vai procurar estudar a atmosfera neutra de Plutão e sua taxa de fuga. Outros objetivos secundários incluem o estudo das variações da superfície e da atmosfera de Plutão e de sua lua Caronte ao longo do tempo. Para isto, serão obtidas imagens de alta-definição de determinadas áreas dos dois corpos celestes, para caracterizar a sua atmosfera superior, a ionosfera, as partículas energéticas do meio ambiente e a sua interação com o vento solar.
Ademais, a sonda vai procurar pela existência de alguma atmosfera em torno de Caronte e caracterizar a ação das partículas energéticas entre Plutão e Caronte. Também irá procurar por satélites ainda não descobertos e por possíveis anéis que envolvam o planeta-anão e seu satélite, antes de ser direcionada para o Cinturão de Kuiper, e de lá, seguirá para o espaço interestelar.
Lançada, em 19 de janeiro de 2006, diretamente numa trajetória de escape Terra-Sol, com uma velocidade relativa de 16,26 km/s ou 58.536 km/h e usando uma combinação de foguete "monopropulsor" e assistência gravitacional.
Para se ter uma ideia de sua trajetória, ela sobrevoou a órbita de Marte em 7 de abril de 2006, a de Júpiter em 28 de fevereiro de 2007, a de Saturno em 8 de junho de 2008 e a de Urano em 18 de março de 2011, a caminho da órbita de Netuno, que deverá cruzar em 25 de agosto de 2014, rumo em sua jornada até Plutão.
Em dezembro de 2013, a nave encontrava-se a uma distância de 28,98 A.U. da Terra (4.335.350.000 km ou 4,01 horas-luz, o tempo que os sinais de rádio enviados da Terra demoram para chegar à espaçonave) e a 4,61 A.U. (689.646.000 km) de Plutão, com sua frente virada para a Constelação de Sagitário.
Os cientistas esperam que ela se torne a quinta sonda interestelar já construída pelo Homem, após deixar o Sistema Solar em direção à heliosfera, e o segundo objeto artificial mais veloz da história de exploração espacial.
* A.U. - é uma unidade de distância, aproximadamente igual à distância média entre a Terra e o Sol