APRESENTAÇÃO DO CANAL

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As Estações da Terra mudam hoje! Os dias estão mais curtos e as noites mais longas!

segunda-feira, 20 de junho de 2016.
As estações mudam hoje, 20 de junho de 2016, ás 22:34:40 (UTC), com o Hemisfério Sul se movendo de outono para inverno e o Hemisfério Norte entrando no verão .

O evento celeste que marca essa transição é chamado de "solstício" (do latim "solstitìum"), e acontece duas vezes por ano, a primeira em torno de 20 e 21 de Junho, e a seguinte em torno de 21 de dezembro.

Com isto, o Hemisfério Sul terá os dias mais curtos, as noites mais longas, e as temperaturas serão mais frias durante os próximos três meses.

Mas o que é um solstício, e por que isso ocorre?

A Terra se move de duas maneiras diferentes. Em primeiro lugar, o planeta gira em torno de seu eixo polar (uma linha imaginária que passa através do polos norte e sul terrestres), uma vez a cada 23h 56m 4s, fazendo a alternância entre dia e noite.

Em segundo lugar, ela se move em sua órbita ao redor do Sol uma vez a cada 365,2564 dias (365 dias, 48 minutos e 46 segundos), fazendo o ciclo anual das estações. 

Uma outra particularidade do movimento Terra-Sol muito importante: é que o eixo de rotação da Terra é inclinado em 23,5 º em relação à normal ao plano da translação da Terra. 

Em consequência disso, ora um hemisfério está voltado para o Sol; seis meses depois é o outro hemisfério que está voltado para o Sol. 

Entenda os movimentos da Terra

Essas posições da Terra em relação ao Sol são conhecidas como Solstícios: Solstício de Verão para o hemisfério voltado para o Sol; Solstício de Inverno para o hemisfério voltado contra o Sol. (Note que um mesmo solstício é chamado de Solstício de Inverno em um hemisfério enquanto é chamado de Solstício de Verão no outro hemisfério; e vice-versa.) 

Entre os Solstícios, temos posições intermediárias, conhecidas como equinócios, onde os dois hemisférios estão simetricamente dispostos em relação ao Sol: Equinócio de Primavera para o hemisfério que está indo do Inverno para o Verão e Equinócio de Outono para o hemisfério que está indo do Verão para o Inverno. 

O solstício ocorre quando o Sol atinge o maior grau de afastamento angular do equador celeste, ou seja, quando o caminho que o Sol faz, a eclíptica, está com seu maior afastamento em relação ao equador celeste.‬



Crédito das Ilustrações:

Engº João Batista Salgado Loureiro
Autor de Produtos e Proprietário da Marca "As Maravilhas do Céu Estrelado".

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As Galáxias

domingo, 19 de junho de 2016.
Andrômeda
Falando de Estrelas - Parte 02

Ao olharmos para o céu noturno, especialmente nas noites sem Lua, ficamos fascinados pela miríade de estrelas que se descortina sobre as nossas cabeças.

Milhares de pontos luminosos cintilam na Abóbada Celeste, espalhados aleatoriamente pelo firmamento.

Mas será que por detrás desta aparente casualidade, existiria algum tipo de ordenamento? As estrelas espalham-se pelo universo de forma incerta, ou há algum regramento que determina a sua distribuição?

A resposta nos é dada por uma das Forças que regem o Universo, a Gravidade.

Esta Força do Universo, que foi descoberta pelo cientista inglês Isaac Newton, é regida pela Lei da Gravitação Universal. No Universo, matéria atrai matéria, na razão direta de suas massas, e na razão inversa do quadrado da distância que as separa.

Isto nos leva a concluir que as estrelas que observamos no céu noturno, por serem compostas de matéria, atraem-se mutuamente, com as intensidades previstas pela Lei da Gravitação Universal.

Desta forma, não é o acaso que as mantém em suas posições observadas, mas sim a maneira como a gravidade nelas atua. Mas como saber o resultado da ação destas forças de atração? Existem padrões de agrupamento estelar? A resposta a estas perguntas, nos foram dadas ao longo dos séculos, pelas observações astronômicas realizadas.

Os astrônomos dos séculos XVIII e XIX, ao perscrutarem com seus telescópios o céu noturno, deparavam-se com os mais diferentes tipos de astros, além do Sol, da Lua, dos planetas e das estrelas, que por sua aparência incomum, desafiavam a ciência a explicá-los. Astros que pareciam como pequenos flocos de algodão, com formas arredondadas ou lenticulares, semelhantes a nuvens a flutuar pelo espaço sideral. Seriam formados por gases? Ou por estrelas, que de tão distantes, não eram possíveis discernir nas observações feitas?

O grande filósofo e astrônomo Immanuel Kant, emitiu a seguinte opinião a respeito: “A Via Láctea é apenas uma Galáxia a mais em um um vasto universo cheio de Galáxias”. Em 1920 aconteceu o “Grande Debate”, entre Harlow Shapley e Heber Curtis. Shapley defendia a tese de que eles eram formados por gases, e chamava estes objetos de “Nebulosas”, ou “Nuvens” em espiral, e que se encontravam dentro da Via Láctea, que para ele era todo o Universo; já Curtis defendia a tese de que estes objetos eram na realidade compostos por estrelas, distantes demais para serem observadas individualmente, e que estavam fora de nossa Via Láctea, e os chamavam de “Universos-Ilha”, ou “Galáxias”. A evolução da tecnologia dos telescópios, permitiu saber que Kant e Curtis estavam certos, e que no Universo, as estrelas se agrupavam gravitacionalmente nestas gigantescas estruturas, e que ele estava repleto de Galáxias como a nossa, cada uma delas com centenas de bilhões de estrelas.

O astrônomo americano Edwin Hubble, que dá nome ao Telescópio Espacial ora em órbita da Terra, elaborou em 1927, a sua “Classificação Morfológica de Galáxias”. Por ela, as Galáxias, pelo seu formato, dividem-se em três grandes grupos: Elípticas, Espirais e Irregulares. Já o grupo das Espirais Espirais, apresenta um subtipo muito peculiar, chamado de Espiral Barrada. Neste, o núcleo da Galáxia Espiral não possui o formato esférico comumente visto nas outras Galáxias Espirais, exibindo um formato “alongado”, semelhante a uma “Barra”.

Hoje, após acuradas observações feitas, com os equipamentos mais modernos disponíveis, sabemos que a nossa Galáxia, a Via Láctea, é uma Galáxia Espiral Barrada, com um diâmetro de 100.000 anos-luz e uma idade de 13,5 bilhões de anos, possuindo de 100 a 400 bilhões de estrelas.

A Galáxia Espiral mais próxima de nós, é a Galáxia de Andrômeda, situada na Constelação de mesmo nome. Ela não é Barrada como a Via Láctea, mas tem a mesma idade e encontra-se a 2.530.000 anos-luz de nós. Possui um diâmetro de 220.000 anos-luz, e contém 1 trilhão de estrelas. Esta Galáxia é tão grande, que pode ser vista mesmo a olho nu, em noites sem Lua, e longe das grandes cidades, nos ceús da Terra.
Galáxia Andrômeda - M31
Mas a maior Galáxia do Universo é uma Galáxia Elíptica, chamada IC 1101, que fica no centro de um Aglomerado de Galáxias denominado Abell 2029, na constelação de Virgem. Com um diâmetro de 6.000.000 anos-luz, ela possui 100 trilhões de estrelas!
IC 1101 - Comparação de tamanho em relação a Nossa
Galáxia, a Galáxia de Andrômeda e a Galáxia M87
Estima-se hoje, que existam cerca de 200 bilhões de Galáxias no Universo que somos capazes de observar, e em média, cada uma delas, tem centenas de bilhões de estrelas!

Até breve!

Eng. João Batista Salgado Loureiro 
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Bootes - O Boiadeiro

sexta-feira, 17 de junho de 2016.

A estrela mais brilhante da constelação de Boötes é Arcturus, a estrela alpha da constelação de Bootes. Seu nome provem do grego e significa “Guardiã da Ursa”, devido a sua proximidade com a constelação da Ursa Maior. 

Arcturus é uma estrela gigante laranja que é considerada a 4ª estrela mais brilhante de todo o céu profundo, possui magnitude visual igual a -0,04, e também é chamada de “alpha Boo.”,“Alpha Bootis” e de “Arctur”.


Mas afinal....Como encontrar Boötes no Céu?


Boötes é uma grande constelação boreal, pois está localizada no hemisfério norte celeste. Ela pode ser observada no céu quando o observador estiver localizado em cidades do hemisfério norte do nosso globo terrestre, e pode ser visualizada, em sua totalidade na primavera, desde a latitude 0º Norte até 90º Norte. 

Boötes pode ser observada no zênite quando o observador estiver localizado em cidades próximas a latitude 31º Norte.

No hemisfério sul, a observação de Boötes fica um pouco limitada devido a ser uma constelação do hemisfério norte, podendo ser apenas observada de algumas cidades. 

Torna-se muito mais fácil localizar esta constelação quando o observador estiver localizado em cidades mais próximas da linha do Equador; e neste caso, quanto mais ao norte o observador estiver mais alta esta constelação estará no céu, quanto mais ao sul, menores ficam as chances de visualização desta constelação na sua totalidade.

Boötes só é visível completamente no céu no outono do hemisfério sul em regiões localizadas entre as latitudes 0º Sul e 35º Sul. 

As cidades localizadas nas proximidades da latitude 35º Sul e limitadas a ela, visualizam esta constelação muito próxima do horizonte. 

A visualização desta constelação fica parcialmente comprometida em regiões localizadas entre as latitudes 35º Sul e 82º Sul, pois só é possível localizar parte desta constelação. 

Um observador que esteja localizado em cidades localizadas entre as latitudes 82º Sul e 90º Sul, jamais consegue ver Boötes no céu, pois ela estará sempre escondida abaixo do horizonte do observador.

A localização da constelação de Boötes fica facilitada se primeiro localizamos no céu a constelação de Virgem, a partir daí Boötes estará ao norte de Virgem. Em cidades que possuam muita poluição luminosa a localização de Boötes fica totalmente comprometida, pois o ideal seria observá-la em áreas sem nenhuma luz, ou seja, sem poluição luminosa.


Outras Curiosidades:

  • que a constelação Boötes é uma das constelações de origem grega listadas pelo astrônomo egípcio Claudius Ptolemaeus, popularmente conhecido por Ptolomeu, em uma de suas obras escritas em grego “O Almagesto”, “He Mígale Sintaxis” que significa “O grande Tratado”.
  • que a estrela “beta Boo.” possui magnitude visual igual a 3,50 e também pode ser chamada de “Beta Bootis”, de “Nekkar” e de “Nekbar”. 
  • que a estrela “gama Boo.” possui magnitude visual igual a 3,03 e também pode ser chamada de “Gama Bootis”, de “Haris” e de “Seginus”.
  • que a estrela “epsilon Boo.” possui magnitude visual igual a 2,37 e também pode ser chamada de “Epsilon Bootis”, de “Izar” e de “Mirak”. 
  • que a estrela “mu Boo.” é uma estrela múltipla do tipo dupla com componentes “Mu Boo.1” e “Mu Boo.2”. A estrela “Mu Boo.1” possui magnitude visual igual a 4,31 e também pode ser chamada de “Mu Bootis 1” e de “Alkalurops”. Por sua vez, a estrela “Mu Boo.2” possui magnitude visual igual a 6,50 e também pode ser chamada de “Mu Bootis 2”.
  • que a estrela “nu Boo.” é uma estrela múltipla do tipo dupla com componentes “Nu Boo.1” e “Nu Boo.2”. A estrela “Nu Boo.1” é uma gigante que possui magnitude visual igual a 5,02 e também pode ser chamada de “Nu Bootis 1”. Por sua vez, a estrela “Nu Boo.2” possui magnitude visual igual a 5,02 e também pode ser chamada de “Nu Bootis 2”.
  • que a estrela “pi Boo.” é uma estrela múltipla do tipo dupla com componentes visualmente abertas “Pi Boo.1” e “Pi Boo.2”. A estrela “Pi Boo.1” possui magnitude visual igual a 4,93 e também pode ser chamada de “Pi Bootis 1”. Por sua vez, a estrela “Pi Boo.2” possui magnitude visual igual a 5,85 e também pode ser chamada de “Pi Bootis 2”.

Você sabia? Que ao observar a constelação de Boötes podemos nela localizar alguns objetos interessantes, tais como:

Galáxias:
  • NGC 5248
  • NGC 5481
  • NGC 5520
  • NGC 5523
  • NGC 5529
  • NGC 5533
  • NGC 5548
  • dentre outras
Aglomerados Globulares:
  • NGC 5466
Asterismos:
  • The Kite” – É um asterismo com a forma de um pipa, ou seja, um grande papagaio de papel, imaginário, composto por algumas estrelas da constelação de Boötes: Arcturus (alpha Boo.), Nekkar (beta Boo.), Seginus (gama Boo.), Delta Boo., Izar (épsilon Boo.) e Rho Boo. 
  • Diamond of Virgo” – É um asterismo com a forma de um diamante conhecido por “Diamante de Virgem” composto por quatro estrelas de quatro constelações diferentes: Arcturus (estrela alpha da constelação de Boötes), Spica (estrela alpha da constelação de Virgo), Cor Caroli (estrela alpha da constelação de Canes Venatici) e Denebola (estrela beta da constelação de Leo).
Aglomerados de Galáxias:
  • Zwicky 6439
  • Zwicky 6737
  • Zwicky 6789
  • Zwicky 6837
  • Zwicky 6907
  • Zwicky 6915
  • Zwicky 7004
  • Zwicky 7022
  • dentre outras
Você Sabia? 
Que nesta região do céu ocorreram supernovas nas seguintes galáxias:



E, que nesta região do céu ocorrem as chuvas de meteoros:

  • June Bootids (JBO) - é uma chuva de meteoros do tipo radiante com velocidade de 18 Km/segundo que aparece nesta região do céu entre os dias 26/06 e 02/07. Sua declinação para o ano 2.000 é de 48º 0’ e sua ascensão reta para o ano 2.000 é de 14h56min. Para saber qual horário de sua ocorrência nesta região do céu e nestes dias consulte seu anuário. 
  • Quadrantids (QUA) - é uma chuva de meteoros do tipo radiante com velocidade de 41 Km/segundo que aparece nesta região do céu entre os dias 01/01 e 05/01. Recebeu este nome por estar incorporada a uma extinta constelação chamada “Quadrans Muralis”. Sua declinação para o ano 2.000 é de 49º 0’ e sua ascensão reta para o ano 2.000 é de 15h20min. Para saber qual horário de sua ocorrência nesta região do céu e nestes dias consulte seu anuário. 

Se quiser saber mais, acesse: Bootes - Mitologia e História

Efeitos Especiais: As Maravilhas do Céu Estrelado;
Imagens do Post: Créditos à Software Starry Night.

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O Céu Noturno de Junho de 2016

quinta-feira, 2 de junho de 2016.
Vídeo muito interessante no aprendizado do reconhecimento do céu, além de ser útil também para podermos contemplar o céu noturno como é visto do hemisfério norte.


Vídeo: Céu Noturno - Hemisfério Norte - Mês: Junho/16
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