APRESENTAÇÃO DO CANAL

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As Estações da Terra mudaram hoje!

sábado, 20 de março de 2021.
Hoje, às 06:37 BRT, aconteceu o equinócio no planeta Terra, um evento celeste que faz com que o dia e a noite tenham a mesma duração.

No equinócio, a linha divisória entre o dia e a noite quando visto do espaço, torna-se vertical em relação ao plano da órbita da Terra (Eclįptica), "conectando" os pólos Norte e Sul da Terra.

Ele marca uma mudança das estações em nosso planeta, com o Hemisfério Sul fazendo sua transmutação de verão para outono, e o Hemisfério Norte entrando na primavera.

A palavra "Equinócio" provém do latim, "aequinoctìum", "noites iguais" (aos dias).

Este fenômeno acontece duas vezes por ano, a primeira em torno de 20 de Março e a seguinte em torno de 20 de setembro.

A razão desta mudança nas estações é um conceitos astronômico difícil de ser compreendido pelas pessoas em geral.

Em virtude disto, vamos tentar esclarecer alguns fatores.

Às 06:37 hs BRT, a luz proveniente do Sol, incidiu no Equador da Terra em um ângulo reto. Isto fez com que a linha que divide o nosso planeta entre as metades em que há luz e a que não há, tenha ficado a 90 graus (vertical) em relação ao Equador de nosso planeta.

Esta linha "vertical", na verdade é uma grande curva, já que a Terra é quase uma esfera.

É claro que não é o Sol que está se movendo para o norte ou para o sul, determinando a configuração das estações do ano, mas sim, (há) uma mudança, durante a órbita de nosso planeta, nos posicionamentos (ângulos) do eixo de rotação da Terra com relação ao Sol.

O eixo da Terra é inclinado em 23,5 graus em relação à vertical do plano da órbita da Terra (eclíptica).

Este eixo é inclinado na direção oposta ao Sol no solstício de dezembro, em direção ao Sol no solstício de junho, espalhando mais e menos luz em cada um dos hemisférios.

Já nos equinócios, a direção do eixo de rotação da Terra está em um ângulo reto em relação à linha que une o nosso planeta ao Sol, e desta forma a luz solar incide perpendicularmente ao nosso eixo de rotação, tornando igual a duração do dia e da noite.

O "SEVIRI" (Spinning Enhanced Visible and Infrared Imager) do Meteosat-9 da EUMETSAT, capturou estas quatro imagens da Terra a partir de uma órbita geossíncrona. (Cada uma destas imagens foi capturada ás 6:12 da manhã, horário local).

As imagens mostram como a luz do Sol se "comportou" com o passar do tempo: 
- a luz "tocou" a Terra de forma mais inclinada em 21 de dezembro de 2010 (canto superior esquerdo);  
- com o passar do tempo, tornou-se vertical em 20 de março (canto superior direito);  
- voltou a ficar inclinada, porém com outro ângulo, em 21 de junho (parte inferior esquerda);  
- e novamente em 20 de setembro de 2011, tornou-se vertical (canto inferior direito). 


Por:

João Batista Salgado Loureiro
Engenheiro Civil, Astrônomo Amador, Autor de produtos de Astronomia "As Maravilhas do Céu Estrelado", Escritor, Especialista em Maçonologia, Palestrante de Astronomia e Motivacional.


Glossário:

Satélite Geossíncrono - Qualquer satélite que tenha uma órbita considerada geossíncrona tem um movimento de rotação que acompanha exatamente a rotação da Terra.
 
Imagens da NASA.
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Uma Fusão Galáctica!

sábado, 30 de janeiro de 2021.

⭐✨💫🌟🔭🌙 🪐 Uma deslumbrante galáxia que é o resultado de uma fusão galáctica.

Esta galáxia espiral, catalogada por NGC 4651 e popularmente chamada de "The Umbrella Galaxy", "A Galáxia Guarda Chuva", está a apenas 62 milhões de anos-luz de distância, na direção da constelação boreal "Coma Berenices", a "Cabeleira de Berenice".

Acredita-se que em seu passado, esta notável galáxia em forma de um guarda chuva, com mais ou menos o tamanho de nossa galáxia, a Via Láctea, tenha interagido e se fundido com outra galáxia menor e como resultado se tornou a grande e bela espiral que observamos hoje.

Embora apenas um telescópio como o "Hubble Space Telescope" da NASA / ESA, possa nos dar uma imagem tão magnífica e cheia de detalhes, esta galáxia também pode ser observada através de telescópios amadores.

Crédito do texto: ESA (Agência Espacial Europeia)

Crédito da imagem: ESA / Hubble & NASA, D. Leonard

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A Estrela Polar do Sul! Conheça o Movimento Diurno da Esfera Celeste Sul!

terça-feira, 12 de janeiro de 2021.
 

No Hemisfério Sul, ao observarmos o céu noturno austral em direção ao Sul, podemos perceber o Pólo Sul Celeste e observar a sua Estrela Polar do Sul, ou "Polaris Australis", que atualmente é a estrela Sigma da Constelação do Oitante (Sigma Octans).

A estrela Polar do Sul, em qualquer época, sempre localiza-se muito perto do eixo de rotação da esfera celeste, aquele eixo que "atravessa" o planeta de um pólo a outro. Mas, a estrela que recebe esta denominação nem sempre é a mesma, pois ela muda de tempos em tempos, devido ao movimento de Precessão dos Equinócios.

Em uma noite de observação, a "Polaris Australis", bem como a "Polaris" para os boreais (estrela polar norte), parece permanecer fixa no céu a noite toda (e durante todo o ano), assim como o pólo sul da Terra enquanto o resto da superfície da Terra se move em torno dele. 

Qualquer outra estrela da esfera celeste, com exceção da "Polaris Australis", e da "Polaris", no céu boreal, gira em círculos em torno do eixo de rotação que atravessa os Pólos da Terra, e se projeta no firmamento, e volta para a mesma posição do céu após 23h 56m 4s, resultando no Movimento Diurno da Esfera Celeste Sul. Sul, por estarmos tratando da Estrela Polar do Sul, e Diurno, por ser um termo utilizado pelos astrônomos para se referir a "Diário", Movimento Diário.

Este movimento das estrelas na esfera celeste, quando capturados por câmeras fotográficas de longa exposição, "desenham" rastros deste movimento nas fotografias, conforme visto na imagem principal deste artigo.

Mas por quê vemos o Pólo Celeste acima da superfície da Terra?

O eixo de rotação da Terra é inclinado em 23,5º em relação à normal ao plano da translação da Terra. 
 
Por:

João Batista Salgado Loureiro
Cofundador da Holystica, Escritor, Especialista em Maçonologia, Engenheiro Civil, Astrônomo Amador, Autor de Produtos de Astronomia "As Maravilhas do Céu Estrelado", Palestrante de Astronomia e Motivacional
 
Glossário:
 
Constelações - A cultura ocidental divide a esfera celestial em 88 áreas de vários tamanhos, chamadas constelações, cada uma com um limite preciso, definido pela União Astronômica Internacional. Essas constelações se tornaram a forma padrão de descrever o céu, substituindo exaustivamente, no uso diário, conjuntos semelhantes em outras culturas do céu.

Latitude - do latim “latitudine”. Na esfera terrestre, ângulo que faz com o plano do equador terrestre o raio que passa por determinado observador ou determinada localidade; arco do meridiano compreendido entre determinado observador ou determinada localidade e o equador terrestre. 

Movimento de rotação da Terra - é definido como sendo um giro completo que a Terra dá em torno de seu próprio eixo, ou seja, é um movimento giratório em torno de seu eixo que fica fixo. O planeta gira em torno de seu eixo polar (uma linha imaginária que passa através do pólos norte e sul terrestres), uma vez a cada 23h 56m 4s, fazendo a alternância entre dia e noite.

Movimento da precessão dos equinócios - é equivalente ao movimento de bamboleio que o eixo de um pião qualquer faz, ao girar, quando o mesmo é jogado. E para completar um ciclo de bamboleio, a Terra leva aproximadamente 26 mil anos. 

Vídeo: projeção para a cidade de São Paulo, dias 21 e 22 de fevereiro de 2019
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⭐✨💫🌟🔭🌙 Órion, região das 3 Marias.

domingo, 25 de outubro de 2020.

Das três famosas Estrelas alinhadas do céu, que aguçaram a imaginação de todos que as observaram pela primeira vez na Constelação de Órion, duas podem ser vistas nesta linda imagem.

Popularmente chamadas por "Três Marias", elas foram batizadas individualmente com nomes árabes: Mintaka, Alnilam e Alnitak, que significam o cinto, a pérola e a corda, caracterizando os elementos presentes no cinturão do caçador Órion.

Elas são facilmente vistas a olho nu, quer no hemisfério norte, quer no sul.

São estrelas azuis de grande brilho,  localizadas a cerca de 1500 anos-luz da Terra, e são muito maiores que o nosso Sol.

O Trio de Órion

Um conjunto de estrelas que traçam um desenho no céu, como as Três Marias, é chamado pelos cientistas de asterismo. O trio faz parte da Constelação de Órion, compondo o que é chamado de Cinturão de Órion.

Na imagem podemos ver também a famosa Nebulosa Cabeça de Cavalo (Barnard 33).

Esta é uma nebulosa escura, localizada ao sul da estrela Alnitak, que está mais a leste do Cinturão de Orion. Ela, por sua vez, faz parte da gigantesca Nuvem Molecular de Órion. Foi registrada pela primeira vez em 1888, pela astrônoma escocesa Williamina Fleming, em uma fotografia obtida no "Harvard College Observatory".


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A NASA mudou os signos do Zodíaco?

segunda-feira, 19 de outubro de 2020.

Você ouviu recentemente que a NASA mudou os signos do zodíaco? Não, definitivamente não ...

… A NASA, bem como nós do projeto "As Maravilhas do Céu Estrelado", estudamos astronomia, não astrologia. 

Os Signos do Zodíaco não mudaram, a NASA apenas fez as contas. 

A primeira questão importantíssima a se considerar é que: Astrologia não é Astronomia!

A segunda questão: Astrologia NÃO é ciência!

Astronomia é o estudo científico de tudo no espaço sideral. Astrônomos e outros cientistas sabem que estrelas a muitos anos-luz de distância não afetam as atividades normais dos humanos na Terra.

Astrologia, entretanto, é outra coisa. É a crença de que as posições das estrelas e planetas podem influenciar os eventos humanos. 

Ninguém comprovou que a astrologia pode ser usada para prever o futuro ou descrever como as pessoas são com base apenas na data de nascimento. 

Porém, ainda assim, como ler histórias de fantasia, muitas pessoas gostam de ler sua "previsão astrológica" ou "horóscopo" no jornal todos os dias.

Voltando um pouco no tempo...

Os babilônios viveram há mais de 3.000 anos. Eles dividiram o zodíaco em 12 partes iguais - como cortar uma pizza em 12 fatias iguais. Eles escolheram 12 constelações no zodíaco, uma para cada uma das 12 "fatias". Assim, como a Terra orbita o sol, o sol parece passar por cada uma das 12 partes do zodíaco. 

Como os babilônios já tinham um calendário de 12 meses (baseado nas fases da lua), cada mês tinha uma fatia do zodíaco só para si.

Algumas pessoas acreditam, ou fazem de conta, que o signo atual do zodíaco afeta o modo como as coisas acontecem em sua vida cotidiana, dependendo do signo em que nasceram. Essa ideia é chamada de astrologia, não astronomia, e as pessoas que afirmam usar os signos do zodíaco para fazer previsões são chamadas de astrólogos, e não astrônomos.

Quando os babilônios inventaram os 12 signos do zodíaco, um aniversário entre 23 de julho e 22 de agosto, por exemplo, significava nascer com o sol estando na constelação de Leão.


Agora, 3.000 anos depois, o céu mudou porque o eixo da Terra (Pólo Norte) não aponta exatamente na mesma direção.

E, um aniversário neste mesmo período indica que a pessoa nasceu com o sol  "sob o signo" de Câncer (uma constelação "antes"), não de Leo.

As constelações têm tamanhos e formas diferentes, então o sol passa diferentes períodos de tempo alinhados com cada uma delas. 

A linha que vai da Terra ao sol aponta para Virgem por 45 dias, mas aponta para Escorpião por apenas 7 dias. 

Para fazer uma combinação perfeita com seu calendário de 12 meses, os babilônios ignoraram o fato de que o sol realmente se move através de 13 constelações, não 12. Em seguida, eles atribuíram a cada uma dessas 12 constelações períodos iguais de tempo.

As Treze Constelações do Zodíaco
As Treze Constelações do Zodíaco


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As Estrelas Reais da Pérsia Antiga!

sexta-feira, 4 de setembro de 2020.


As Estrelas Reais da Pérsia Antiga há muito tempo fazem parte do imaginário dos povos que habitavam a região que hoje é chamada de Irã.

Para eles, quando cada uma destas estrelas despontava no céu, era sinal de que suas vidas iriam mudar de alguma forma.

E, isto é compreensível já que hoje sabemos que realmente elas são as "anunciadoras" das mudanças das estações do ano, e pré-anunciam eventos celestes importantíssimos, os solstícios e equinócios.

Naquela época, elas eram consideradas as "Guardiãs de todo o céu" devido ao seu esplendor e brilho.

Os persas acreditavam que o céu era dividido em quatro setores, sendo cada um deles vigiado por uma destas guardiãs. Além disto, existia uma crença de que estas estrelas tinham um "poder", o de serem benignas ou malignas, de trazerem períodos de prosperidade ou de escassez.

Por ser um povo, como todo habitante da antiguidade, temeroso aos "castigos" que as intempéries podiam trazer, eles observavam o céu o tempo todo, quer com o objetivo de orientação em cálculos científicos, quer como contagem do tempo através do calendário e dos ciclos lunar/solar, bem como para tentar fazer previsões sobre o futuro.




Eles anotavam todos e quaisquer acontecimentos importantes do dia a dia e os relacionavam à posição que os astros estavam no céu.  E utilizavam estes dados para fazer previsões de acontecimentos futuros semelhantes. Quando vislumbravam o mesmo posicionamento destes astros do céu, para eles, era o presságio de que algo iria acontecer novamente.

Não é de estranhar que justo estas estrelas tenham chamado tanto a atenção dos persas, já que são as mais brilhantes de suas respectivas constelações e membros de um grupo seleto composto das 25 estrelas mais brilhantes de todo o céu profundo.

São elas:  Aldebaran , Regulus , Antares e Fomalhaut .

  • ​​Aldebaran (alpha da constelação de Touro, nome em persa "Tascheter") - era a guardiã do céu do oriente, pois pré-anuncia o equinócio vernal;
  • Regulus (alpha da constelação de Leão, nome em persa "Venant") - era a guardiã do céu do norte, pois pré-anuncia o solstício de verão;
  • Antares (alpha da constelação de Escorpião, nome em persa "Satevis") - era a guardiã do céu do ocidente, pois pré-anuncia o equinócio de outono;
  • Fomalhaut (alpha da constelação de Peixe Austral, nome em persa "Haftorang / Hastorang") - era a guardiã do céu do sul, pois pré-anuncia o solstício de inverno.


Por:

João Batista Salgado Loureiro

Cofundador da Holystica, Escritor, Especialista em Maçonologia, Engenheiro Civil, Astrônomo Amador, Autor de Produtos de Astronomia "As Maravilhas do Céu Estrelado", Palestrante de Astronomia e Motivacional

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Os astrônomos detectaram a mais poderosa COLISÃO de BURACOS NEGROS!

quinta-feira, 3 de setembro de 2020.

⭐✨💫🌟🔭🌙  👀

Os astrônomos detectaram a colisão mais poderosa, mais distante e mais desconcertante entre buracos negros, usando Ondas Gravitacionais para tanto.

Esta fusão entre eles, teve como resultado um buraco negro de quase 150 massas solares, colocando-o em uma faixa onde nenhum buraco negro jamais havia sido posto antes.

Os dois buracos negros gigantes se fundiram quando o Universo tinha metade de sua idade atual, sendo que pelo menos um - que pesa 85 vezes mais que o Sol -  tem uma massa considerada muito grande para ser envolvida em tal evento.

O evento, foi descrito em dois artigos publicados em 2 de Setembro, porém a detecção foi realizada antes, pelos Detectores gêmeos LIGO, e pelo observatório VIRGO, em 21 de Maio 2019.

Lembrando que um buraco negro é um objeto remanescente da explosão de uma estrela supermassiva, explosão esta chamada supernova, que por possuir uma densidade enorme, curva o espaço-tempo de tal forma que nem mesmo a luz é capaz de escapar do seu campo gravitacional. Assim, um buraco negro age como um gigantesco sorvedouro cósmico, atraindo para si tudo o que está ao seu redor. Ao fazer isto, ele forma um disco de matéria ao seu redor, chamado "disco de acresção", porque a matéria ali presente será eventualmente "acrescida" à massa do buraco negro.

Glossário:
LIGO - Detectores gêmeos do ,"Laser Interferometer Gravitational-Wave Observatory" (LIGO), localizado nos Estados Unidos.

VIRGO - um observatório menor (VIRGO), localizado perto de Pisa, Itália.

O novo objeto foi denominado GW190522.

Imagem: Impressão artística de dois buracos negros em colisão. Crédito: Carol & Mike Werner / Visuals Unlimited, INC./Science Photo Library

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Você sabia, que ao observamos o céu, estamos olhando para o passado?

domingo, 30 de agosto de 2020.

Ao observarmos o céu👀, temos que ter sempre em mente que a luz que vemos de qualquer astro do firmamento é uma luz que foi emitida muito antes daquele momento de observação propriamente dito.

E, isto acontece devido a forma que a luz se propaga em um determinado meio.
O fato é que estamos sempre "desatualizados", estamos sempre olhando para o passado, quando se trata de notícias e eventos cósmicos!

A velocidade que a luz leva de sua origem, do objeto que a emite, até o observador depende do meio que ela irá ter que atravessar para chegar até o seu objetivo final, o observador, ou seja, literalmente depende do que ela irá encontrar pelo caminho, do que ela irá ter que "passar" em seu percurso.

A luz quando sai de qualquer astro do céu encontra pela frente o vácuo, porém quando chega na atmosfera da Terra, o meio muda, não há mais vácuo, sendo assim, ela encontra outro meio, "outros obstáculos" em seu caminho para se propagar.

O valor da velocidade que a luz leva para se propagar no vácuo, se "movimentar", é extremamente elevado.

Para se ter uma ideia disto, enquanto a velocidade do som no ar, ou seja, a velocidade que o som utiliza para se "movimentar" pelo meio "ar", é de aproximadamente 1 224 km/h, a velocidade da luz no vácuo é de 1.079.252.849 km/h, ou seja, 299.792.458 m/s.

E, é exatamente por esta razão que quando ocorre uma tempestade com descargas elétricas, vemos o clarão de um relâmpago muito antes de ouvir seu ruído, o trovão.

A luz de uma galáxia, por exemplo, "sai" dela e tem que percorrer uma distância enorme, pelo meio "vácuo", até chegar a qualquer observador aqui da Terra.

Ao chegar ao observador, ele tem que ter em mente que aquela luz que ele está enxergando, "saiu" dela já há algum tempo, e é por isto que a luz que ele vê não é uma luz "atualizada", do presente, é uma luz "atrasada", do passado.

O que ele vê não é a aparência atual da galáxia e nem sua atual localização, já que nada está parado no Universo, tudo está em movimento, existe uma constante dinâmica nos astros do céu.

Posso exemplificar uma situação semelhante, quando observo a enorme galáxia espiral Andrômeda, localizada na constelação de Andrômeda, e nomeada em seus respectivos catálogos como Messier 31 e NGC 224.

A galáxia de Andrômeda
A galáxia de Andrômeda

A galáxia de Andrômeda está localizada a apenas 2,5 milhões de anos-luz da Terra, e isto nos dá um parâmetro de que quando a observamos, estamos vendo a aparência que a galáxia tinha há 2,5 milhões de anos.

Isto quer dizer que estamos 2,5 milhões de anos desatualizados!

Como disse Albert Einstein: "O passado, o presente e o futuro são apenas ilusões, teimosamente persistentes." 

O tempo da luz, no passado, que nós observamos agora, emitida a partir de um objeto distante, é chamado pelos cientistas de "look-back time". 

Você sabe o que está acontecendo no Sol agora?

Esta pergunta jamais poderia ser respondida por um observador aqui da Terra, uma vez que é preciso aproximadamente 8 minutos para a luz do Sol chegar até aqui, já que está a uma distância média de cerca de 150 milhões de quilômetros da Terra.

NGC 6240

A galáxia NGC 6240, mostrada na imagem, está a 400 milhões de anos-luz de distância, dentro do campo de visão da constelação do Serpentário (Ophiuchus). 
Isto quer dizer que estamos observando como esta galáxia era há 400 milhões de anos.

Esta galáxia de formato bizarro não começou sua vida assim; sua aparência distorcida é o resultado de uma fusão galáctica que ocorreu quando duas galáxias se aproximaram demais uma da outra. 

Dados adicionais:
  • A luz, ao se propagar através de outros meios, diferentes do vácuo, tem sua velocidade reduzida e nunca aumentada, já que devido a Teoria da Relatividade de Albert Einstein nenhum corpo pode alcançar velocidade superior ao da velocidade da luz no vácuo.
  • Ao ter que se propagar através da água, do gelo, do vidro, por exemplo, a luz tem sua velocidade diminuída, porém "assume" valores distintos para cada uma das situações.
  • Podemos perceber a olho nu, em alguns casos, um desvio sofrido pelo feixe luminoso ao mudar o meio que utiliza para a sua propagação. Esse desvio é conhecido como um fenômeno ótico chamado refração, e ocorre devido a mudança na velocidade da luz em função do meio de propagação.
  • A velocidade que a luz leva para percorrer uma determinada distância na Terra, faz com que tenhamos a impressão que a luz chega até nós de forma instantânea independente de sua localização de origem, já que as distâncias são consideradas infinitamente pequenas para a luz percorrer.

Por:

João Batista Salgado Loureiro
Escritor de Livros, Especialista em Maçonologia, Engenheiro Civil, Astrônomo Amador, Autor de Produtos de Astronomia "As Maravilhas do Céu Estrelado", Palestrante de Astronomia e Motivacional

Créditos das Imagens:
Imagem NGC 6240: NASA / JPL-Caltech / STScI-ESA / S. Bush, et al. (Harvard-Smithsonian CfA);
Imagem da Galáxia de Andrômeda, Messier 31 (M31), NGC 224: NASA.
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quinta-feira, 14 de março de 2019.

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Feliz Natal ! (vídeo)

sexta-feira, 21 de dezembro de 2018.




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Existirá de fato um Nono Planeta?

sábado, 19 de agosto de 2017.
Um possível nono planeta, orbita o nosso Sol a uma grande distância.
As observações até agora realizadas, levaram os astrônomos à conclusão de que um mundo do tamanho da Terra ou Marte, parece existir na região do Cinturão de Kuiper, em uma órbita inclinada em 8 graus, levando outros corpos ali presentes a orbitar no mesmo ângulo.

O planeta deve estar a cerca de 60 unidades astronômicas do Sol. Lembrando qe uma unidade astronômica é a distância entre o Sol e a Terra, e que Plutão dista cerca de 30 unidades astronômicas do Sol, no seu periélio.

O planeta agora proposto por Kat Volk e Renu Malhotra, da Universidade do Arizona, é diferente daquele anteriormente sugerido por Mike Brown e Konstantin Batygin, ambos do Instituto de Tecnologia da Califórnia. Nesta outra hipótese, um planeta gigante, um pouco menor que Netuno, orbitava o Sol a uma grande distância.

O fato é que as anomalias orbitais dos astros presentes no Cinturão de Kuiper ainda não foram elucidadas, levando os cientistas a construir modelos hipotéticos de possíveis planetas ali presentes, que as expliquem. Enquanto os telescópios mais potentes não confirmarem a real existência do nono planeta, os cientistas continuarão especulando a respeito.

Fonte: Astronomy Magazine
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Conheça a menor estrela já descoberta!

O tamanho da estrela EBLM J0555-57Ab em comparação
com o dos planetas Júpiter e Saturno.
Astrônomos da Universidade de Cambridge, que estavam realizando uma pesquisa sobre exoplanetas, acidentalmente encontraram a menor estrela já descoberta até hoje.

Integrante de um sistema triplo, localizado na constelação de Pictor, a pequenina estrela, chamada EBLM J0555-57Ab, encontra-se a 600 anos-luz da Terra, e tem uma massa equivalente a 85 vezes à de Júpiter, com diâmetro de apenas 0,84 vezes o deste planeta; Trata-se de uma estrela anã vermelha extremamente fria.

A equipe usou os dados de um experimento chamado WASP (Pesquisa por Planetas em Grande Ângulo), que normalmente é utilizado para a busca de planetas extrasolares. Durante os estudos, percebeu-se que havia uma redução periódica no brilho da estrela EBLM J0555-57A, o que apontava para um objeto em sua órbita. Estudos posteriores demonstraram que o objeto detectado era muito massivo para ser um planeta, configurando-se na realidade como uma pequena estrela.

Embora a estrela EBLM J0555-57Ab seja incrivelmente pequena, ela ainda assim tem massa suficiente para realizar a fusão do hidrogênio em seu núcleo. Pouco maior do que Saturno, esta estrela tem uma força gravitacional 300 vezes maior do que a da Terra. O interessante é que se esta estrela fosse um pouco menor em massa, com 83 vezes a massa de Júpiter, não haveria em seu núcleo pressão suficiente para iniciar o processo de fusão, e em vez de uma estrela ela seria uma anã marrom. Assim, concluímos que ela está quase no limite entre uma estrela e uma anã marrom.

Fonte: Astronomy Magazine
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A Nave Cassini se prepara para dizer adeus a Titan

sexta-feira, 18 de agosto de 2017.
A Nave Cassini, Titan e Saturno.
Apenas a algumas semanas do dramático fim de sua missão, mergulhando nas nuvens de Saturno, a nave Cassini terá uma agenda agitada, orbitando o planeta uma vez por semana. Mais algumas órbitas e o maior satélite de Saturno, Titan, estará próximo o suficiente da Cassini para, com a sua gravidade, alterar a sua trajetória, visando as últimas passagens sobre o planeta dos anéis, levando-a às franjas interiores dos mesmos.

Em 11 de setembro próximo, uma nova aproximação de Titan, levará a Cassini ao seu mergulho fatal em Saturno. Até os seus últimos instantes e antes de perder o contato para sempre, a Cassini enviará à Terra preciosos dados científicos.

Mas o auxílio gravitacional de Titan, para ajudar nas alterações das trajetórias da Cassini, não é nenhuma novidade, pois ele foi utilizado por diversas vezes durante a missão, tornando-se na prática o verdadeiro “motor” da missão.

Sobrevoos constantes sobre Titan já eram previstos desde o início da missão, para ajudar a Cassini a explorar os mistérios do sistema de Saturno. Além do que os cientistas estavam ansiosos com um retorno a Titan, desde que a Voyager ali passou em 1980, sendo incapaz de penetrar em suas densas nuvens com os seus instrumentos científicos.

Titan é um pouco maior do que Mercúrio, e dado ao seu tamanho possui uma força gravitacional significante, daí a razão de usá-la nas alterações de trajetória da Cassini. Para se ter uma idéia, um simples sobrevoo sobre Titan, provê mais velocidade à nave do que 90 minutos de combustão contínua de seu motor, na potência necessária à inserção na órbita de Saturno.

Os projetistas da missão, usaram Titan como se fosse um pino na ponta de um eixo. As passagens frequentes sobre este satélite, equivaleram à grandes quantidades de combustível, que seriam necessárias para realizar as mesmas manobras. Usando Titan, a órbita da Cassini pôde ser alongada, para que ela fosse capaz de se aproximar de Japetus, uma distante lua de Saturno. Usando esta técnica, os cientistas da missão usaram Titan por diversas vezes, levando a nave a se posicionar desde o plano dos anéis, até observar Saturno do alto, a 90º dos mesmos, observando tanto o hemisfério sul como o norte do planeta, bem como as suas muitas luas.

Ao longo dos 13 anos da missão em Saturno, a Cassini fez 127 sobrevoos próximos de Titan, lançando a nave Huygens, da Agência Espacial Européia, em sua direção, onde pousou suavemente em Janeiro de 2005, enviando as primeiras informações sobre os mistérios que ali se escondiam.

Os sucessos da Cassini/Huygens, incluem a revelação de que, como havia sido previsto em teoria, existem grandes massas abertas de hidrocarbonetos em forma líquida na superfície de Titan. Surpreendentemente os instrumentos revelaram que os “lagos” e “mares” de Titan estão confinados às suas regiões polares, com a sua maior quantidade observada no hemisfério norte desta lua. A maior parte de Titan não possui lagos, exibindo vastas faixas lineares de “dunas” próximas ao equador, semelhante às que existem em locais como a Namíbia, na Terra. A nave observou também, gigantescas nuvens de hidrocarbonetos sobre os pólos de Titan, derramando uma “chuva” de metano, que escurecia a superfície. E o mais supreendente, é que há também indicações da existência de um oceano de água subterrâneo, por debaixo da sua superfície gelada.

Inicialmente, os dados que a Cassini obteve de Titan eram pouco detalhados, mas a cada sobrevoo, eles foram sendo refinados. Ao longo de toda a missão, o radar da nave mapeou 67% da superfície de Titan. Assim, as imagens obtidas com as câmeras, com o espectrômetro infravermelho, e o radar, devagar e metodicamente foram acrescentando detalhes, construindo uma imagem mais completa e detalhada de Titan.

Os cientistas agora possuem dados suficientes, para entender a distribuição das montanhas, dunas e mares na superfície de Titan, o comportamento de sua atmosfera ao longo do tempo, estando aptos para buscar a resposta do porquê os líquidos da superfície migraram para os pólos.

Dentre as coisas que permanecem sem entendimento, encontra-se a forma como o metano da atmosfera é nela reposto, uma vez que ele é decomposto ao longo do tempo, pela luz do Sol. Os cientistas observaram algumas evidências de vulcanismo, com metano na forma líquida servindo como “lava”.

As observações de longo período da Cassini, constataram e existência de nuvens de “chuva” de verão sobre os pólos de Titan.

A Cassini realizou seu último sobrevoo sobre Titan em 22 de abril passado. Isto deu a ela a condição orbital necessária para começar a série final de trajetórias, passando no espaço existente entre Saturno e seu anéis.

A missão Cassini-Huygens é o resultado de uma cooperação entre a NASA, a ESA (Agência Espacial Européia) e a Agência Espacial Italiana. A direção e a operação da missão são feitos pelo Laboratório de Propulsão a Jato (JPL) da NASA, uma divisão do Instituto de Tecnologia da Califórnia (Caltech) em Pasadena, para a Diretoria de Missões Científicas da NASA, com sede em Washington. Foi o JPL que projetou, desenvolveu e construiu a nave Cassini.

Fonte: NASA
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A estrela KIC 8462852, a mais misteriosa do universo, localizada na constelação do Cisne, distante 1.480 anos-luz, que alguns diziam ter ao seu redor uma megaestrutura alienígena, pode ter planetas em processo de desintegração ao seu redor.

segunda-feira, 14 de agosto de 2017.
Um possível Planeta se desintegrando defronte à estrela
Enquanto a maioria dos planetas orbitam as suas estrelas a uma distância segura, alguns o fazem muito próximo a elas. Orbitando a uma distância menor do que a de Mercúrio, estes mundos experimentam temperaturas extremas, que levam as suas atmosferas a se expandir. Se o planeta é muito pequeno, com pouca gravidade para refrear a expansão atmosférica, ele irá perdê-la para o espaço. Muitos mundos foram observados com o remanescente de suas atmosferas formando uma “trilha” atrás deles.

Quando os cientistas observam uma atmosfera dispersando-se por detrás de um planeta, como se este fosse um cometa, ela provavelmente deve ter se perdido logo depois do planeta orbitar a estrela com esta extrema proximidade. Ocorre porém, que a superfície superaquecida de um planeta que está se desintegrando nestas condições, irá abastecer a atmosfera, à medida que os gases dela escaparem.

Mesmo os melhores instrumentos, podem apenas observar as camadas superiores da atmosfera de um planeta existente além do sistema solar. Mas estes mundos ferventes, podem propiciar uma primeira visão, a respeito do que está ocorrendo nas suas superfícies.

Para ajudar a entender o que ocorre nestes mundos, pela primeira vez modelou-se como deve ser um planeta que perde sua atmosfera em uma taxa consistente. Descobriu-se que era difícil drenar a atmosfera de forma constante ao longo do tempo. O mais provável é que as atmosferas destes planetas formem-se em grandes quantidades, e rapidamente sejam expelidas em porções generosas. A rocha é vaporizada pelo calor, tranformando-se em atmosfera, sendo posteriormente ejetada para o espaço. Em seguida, tudo recomeça.

O sinal incomum pode possibilitar um meio de detectar planetas muito pequenos para serem descobertos pelos nossos instrumentos atuais. Em 2015, os pesqisadores relataram alterações raras na luz emanada pela estrela KIC 8462852, também conhecida como estrela de Tabby ou estrela de Boyajian. Desde esta descoberta, os cientistas propuseram uma miríade de possíveis causas, indo de um enxame de cometas, até a evocação da presença de uma esfera de Dyson.
Imagem da estrela KIC 8462852
Mas ainda há cautela com esta hipótese de planetas em lenta desintegração, pois apesar de ser uma explicação aceitável, só pode ser considerada na falta de uma mais precisa. E como seria necessária uma enorme cauda atmosférica, para bloquear a luz provinda da estrela de Tabby, os pesquisadores consideram esta explicação como improvável, apesar de possível.

Não obstante, os planetas que estão no processo de desintegração, permanecem como as melhores opções para uma pesquisa efetiva de suas superfícies. O futuro telescópio espacial James Webb, que deverá ser lançado no final de 2018, permitirá que os cientistas observem os minerais existentes nestas caudas atmosféricas, o que por consequência, revelará interessantes informações sobre as superfícies destes exoplanetas.
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Astrônomos descobrem que o Núcleo do Sol gira 4 vezes mais rápido que a sua superfície.

Imagem do Sol obtida pela nave SOHO em 2013.
O Sol é a estrela mais próxima da Terra, encontrando-se a “apenas” 150 milhões de quilômetros de distância. Apesar do fato de podermos sentir o calor do Sol em nossas peles e o seu disco parecer do tamanho da Lua cheia no céu, o Sol ainda é um grande enigma. Para muitos astrônomos que o estudam, muitas perguntas e incertezas permanecem. Agora, uma destas questões foi respondida: qual é a taxa de rotação do núcleo do Sol.

Uma equipe internacional de astrônomos, utilizando um instrumento a bordo do SOHO – chamado Oscilações Globais em Baixas Frequências (GOLF) – foi capaz de medir com precisão, pela primeira vez, a que velocidade o núcleo do Sol rotaciona. 

O instrumento GOLF registra as oscilações do Sol, ou seja, alterações na forma de ondas, nos gases da sua atmosfera, que revelam informações sobre a sua estrutura interna. Estas oscilações, que ocorrem no nível da superfície solar, foram medidas a cada 10 segundos, o que permitiu uma análise detalhada ao longo do tempo, sobre as atividades internas de nossa estrela. Estudar o Sol desta forma é similar aos estudos a respeito do interior da Terra, através da propagação das ondas sísmicas, produzidas por terremotos, revelando aos cientistas o que existe por debaixo de nossos pés.

Para estudar o núcleo do Sol, a equipe examinou um aspecto das oscilações visíveis na superfície do Sol, aquele que reflete o tempo que estas ondas levam para viajar até o centro dele. Eles descobriram que o núcleo gira uma vez por semana, o que é quatro vezes mais rápido que a rotação média das camadas exteriores de nossa estrela.

Usando esta nova informação, os astrônomos são capazes de refinar seus modelos do comportamento presente e passado do Sol, assim como determinar com maior precisão sua composição, e a estrutura de suas camadas e do seu campo eletromagnético.

Fonte: Astronomy Magazine
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