As naves gêmeas Voyager 1 e 2 estão explorando onde não se tinha ido antes!
Ambas, continuam em suas jornadas de mais de 37 anos desde seus lançamentos em 1977, e cada uma delas atualmente estão muito mais longe do que Plutão.
A Voyager 1 e sua irmã gêmea, a Voyager 2, foram lançadas com 16 dias de intervalo uma da outra, em 1977. Ambas as sondas passaram por Júpiter e Saturno. Já, a Voyager 2 também passou por Urano e Netuno.
As sondas ainda estão ativas e continuam enviando informações científicas sobre seus arredores através da Deep Space Network, ou DSN.
As sondas ainda estão ativas e continuam enviando informações científicas sobre seus arredores através da Deep Space Network, ou DSN.
Mas, As Voyagers não pararão tão cedo, já que ambas têm energia elétrica suficiente e combustível propulsor para operarem pelo menos até 2020.
E corroborando com isto, agora as aventureiras tem uma nova Missão, a Missão Interestelar Voyager (VIM).
O objetivo desta missão é estender a exploração da NASA além do sistema solar, do "bairro" dos planetas exteriores para o limite exterior da esfera de influência do Sol, e possivelmente ir além.
É conveniente considerar a missão VIM como três fases distintas: o choque de terminação, exploração da heliosfera e fases de exploração interestelar.
O VIM é uma extensão da missão primária Voyager que foi concluída em 1989 com o voo rasante da sonda Voyager 2 por Netuno. Netuno foi o último planeta exterior visitado por uma sonda Voyager.
A missão principal da Voyager 1 era a exploração de Júpiter e Saturno. E ela completou os seus voos rasantes planejados próximo dos sistemas planetários de Júpiter e de Saturno, depois de fazer uma série de descobertas lá, tais como vulcões ativos na lua de Júpiter Io, e as complexidades dos anéis de Saturno, a missão foi prorrogada.
Enquanto a Voyager 2, foi além de seus próprios voos rasantes planejados, perto de Júpiter e Saturno, e efetuou voos rasantes perto dos dois gigantes gasosos, Urano e Netuno, e ainda é a única espaçonave que visitou esses planetas exteriores.
Para se ter uma ideia, em fevereiro de 2015, a Voyager 1 estava a uma distância de 19,5 bilhões de quilômetros (130,5 UA) do Sol e a Voyager 2, a uma distância de 16 bilhões de quilômetros (107 UA).
Atualmente, a Voyager 1 está escapando do sistema solar a uma velocidade de cerca de 3,6 UA por ano, com uma inclinação de 35 graus para fora do plano da eclíptica para o norte, na direção geral da Apex Solar (A direção do movimento do Sol em relação a estrelas próximas).
Por sua vez, a Voyager 2 também está escapando do sistema solar, a uma velocidade de cerca de 3,3 UA por ano, com 48 graus de inclinação para fora do plano da eclíptica para o sul.
Para recapitularmos um pouco, em agosto de 2012, a Voyager 1 fez a histórica entrada no espaço interestelar, a região entre as estrelas, cheio de material ejetado nas proximidades pela morte de estrelas de milhões de anos.
Os cientistas esperam aprender mais sobre esta região quando a Voyager 2, entrar no "heliosheath", a camada mais externa da heliosfera, onde o vento solar é desacelerado pela pressão do meio interestelar, que também atinge o espaço interestelar.
Esta missão que foi prolongada, continua a caracterizar o ambiente do sistema solar exterior e a procurar o limite da heliopausa, os limites exteriores do campo magnético do Sol, e o fluxo exterior do vento solar.
As Voyagers estão indo em direção ao limite exterior do sistema solar em busca da heliopausa, a região onde a influência do Sol diminui e o início do espaço interestelar pode ser sentida.
A heliopausa nunca foi alcançada por quaisquer outras sondas; e as Voyagers podem ser as primeiras a passar por esta região, que é pensado existir, em algum lugar, entre 8 a 14 bilhões de milhas do Sol.
Prevê-se que as Voyagers devam cruzar a heliopausa daqui a 10 ou 20 anos.
Nesta época , a Voyager 1 estará a 22,1 bilhões de km do Sol, e a Voyager 2, a 18,4 bilhões de km.
Eventualmente, as Voyagers passarão por outras estrelas.
Daqui a 40 mil anos, a Voyager estará a 1,6 anos-luz da AC + 79 3888, uma estrela na constelação de Camelopardalis que está caminhando na direção da constelação Ophiuchus.
Por sua vez, daqui a 40 mil anos, a Voyager 2 vai passar a 1,7 anos-luz da estrela Ross 248, e em cerca de 296 mil anos, ela vai passar a 4,3 anos-luz a partir de Sirius, a estrela mais brilhante no céu.