APRESENTAÇÃO DO CANAL

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O Escorpião

sexta-feira, 29 de novembro de 2013.
A constelação do Escorpião é uma grande e espetacular constelação localizada no hemisfério celeste sul entre as constelações de Libra e Sagitário. Ela é considerada uma constelação austral, zodiacal1, ou seja, localizada no hemisfério sul celeste, ao longo da eclíptica 2.

A região do céu de Escorpião é belíssima de se observar, devido ao fato do  equador galáctico cruzar a constelação de um extremo a outro, muito próximo ao ferrão do escorpião.



É repleta de cúmulos estelares, além de possuir inúmeras nebulosas planetárias, nebulosas escuras, e outros aglomerados abertos interessantíssimos de se observar. Os cúmulos estelares mais famosos desta constelação são os aglomerados globulares M4 e M80, e os aglomerados abertos M6 e M7.


EstrelaEstrelaEstrelaComo encontrar Escorpião no céu?



É possível observar Escorpião,  completamente,  de todo o hemisfério sul do planeta, principalmente  durante a primavera de cidades localizadas, desde a latitude 0º Sul até 90º Sul. Além disto,  pode também ser vista no zênite,  quando o observador estiver localizado em cidades próximas a latitude 26º Sul.

No hemisfério norte, a observação de  Escorpião fica extremamente prejudicada, devido a ser uma constelação do hemisfério sul, e por ser apenas vista quando o observador estiver localizado em cidades mais próximas da linha do Equador, e neste caso, quanto mais ao sul, o observador estiver,  mais alta esta constelação estará no céu, quanto mais ao norte, menores ficam as chances de visualização desta constelação na sua totalidade.

Escorpião  só é visível, completamente no céu do hemisfério norte, principalmente na primavera, de regiões localizadas entre as latitudes 0º e 44º Norte. 

A visualização desta constelação fica parcialmente comprometida, em regiões localizadas aproximadamente entre as latitudes 44º Norte e 81º Norte, pois só é possível localizar parte desta constelação no céu.

Já, um observador que esteja localizado em cidades situadas entre as latitudes 81º Norte e 90º Norte, jamais consegue ver Escorpião no céu, pois ela estará sempre escondida abaixo do horizonte do observador.

Para localizar  Escorpião no céu com  mais facilidade, devemos primeiramente localizar a constelação de Sagitário,  e Escorpião estará a oeste do arqueiro. 

Outra forma de localizá-la, é através da estrela Antares (alpha scorpii) que é a estrela mais brilhante da constelação e também a 16ª mais brilhante de todo o céu profundo.

Em cidades que possuam muita poluição luminosa a localização de Escorpião fica totalmente comprometida, pois o ideal seria observá-la em áreas sem nenhuma luz, ou seja, sem poluição luminosa.

EstrelaEstrelaEstrelaVocê sabia?
  • que os romanos conheciam a estrela Antares, estrela alpha desta constelação, como “Cor Scorpionis” que significa “o coração do escorpião”;
  • que devido a sua posição na eclíptica, o caminho aparente que o Sol faz no céu, Antares pode ser ocultada pela Lua, e muito raramente, pelos planetas do nosso Sistema Solar. E que durante uma destas ocultações realizada por nossa Lua, em 13 de abril de 1819, sua companheira Antares B foi descoberta;
  • que na cultura mesopotâmia, Antares era considerada uma das quatro estrelas que eram chamadas de “Estrelas Reais”, as outras três eram a Aldebaran (alpha tauri), em Touro, a Regulus (alpha leonis), em Leão, e a Formalhaut (alpha piscis austrini), em Peixe do Sul;
  • que a constelação de Escorpião é uma das constelações de origem grega, que foi citada pelo astrônomo egípcio Claudius Ptolemaeus, popularmente conhecido por Ptolomeu, em uma de suas obras escritas em grego “O Almagesto”, “He Mígale Sintaxis” que significa “O grande Tratado”.
Nome em Português: Escorpião;

Genitivo Latino: Scorpii;

Abreviação do nome: Sco.;

Origem do nome: Do latim “scorpionis”;

Localização: Constelação zodiacal localizada ao longo da eclíptica;

Família de constelações: Pertencente a família de constelações do Zodíaco;

Constelações limites:

Ao Sul: constelação da Régua (Norma) e do Altar (Ara);

À Oeste: constelação da Régua (Norma), do Lobo (Lupus) e da Libra (Libra);

Ao Norte: constelação da Libra (Libra), do Ofiúco (Ophiuchus) e de Sagitário (Sagittarius);

À Leste: constelação da Coroa Austral (Corona Australis) e do Sagitário (Sagittarius);

Ascensão reta: de 15h47,39min. a 17h58,26min.;

Declinação: de –08,87º a –45,60º.



Artigo Completo de minha autoria no site da Holystica: https://www.holystica.com.br/single-post/2019/02/26/O-Escorpiao


Créditos:
Vídeo: As Maravilhas do Céu Estrelado;
Imagens: para ver os créditos das imagens, clique sobre "exibir apresentação de slides" localizado no mosaico de imagens acima.
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1 Zodíaco é uma zona circular na esfera celeste, que se estende por  cerca de 8° em cada lado da eclíptica, e forma a faixa sobre a qual se movem o Sol, a Lua e os planetas em órbita. As constelações, que estão dentro desta faixa, são geralmente chamadas de constelações zodiacais.
2 Eclíptica é a circunferência imaginária correspondente à trajetória aparente do Sol na esfera celeste, ou seja,  o caminho aparente percorrido pelo Sol durante o ano.
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Jatos Incomuns em um Buraco Negro!

quarta-feira, 27 de novembro de 2013.
Composite view of the galaxy NGC 1433 from ALMA and Hubble
Existem buracos negros supermaciços, com massas de até vários bilhões de massas solares, localizados no centro da maioria das galáxias, incluindo, é claro, a nossa galáxia, a Via Láctea.


No passado,  estes “bizarros” objetos eram muito ativos,  “engoliam” enormes quantidades de matéria de seu entorno, e luziam com um brilho deslumbrante, expulsando tudo o que podiam, através de jatos extremamente poderosos.

No Atual Universo, a maioria dos buracos negros supermaciços são menos ativos, do que eram em sua juventude, mas a interação entre seus jatos, e seus arredores, ainda estão e continuarão moldando a evolução de cada galáxia.

Estudos realizados por duas equipes internacionais de astrônomos, utilizaram o “poder" do "ALMA" (Atacama Large Millimeter/submillimeter Array), localizado no Deserto do Atacama, Chile, para se concentrar e estudar os jatos enormes provenientes de buracos negros, localizados nos centros das galáxias, e ver como eles “afetam” sua vizinhança.

Estes dois novos estudos, ambos publicados  na revista “Astronomy & Astrophysics” , usaram o “ALMA”, para sondar os jatos de dois buracos negros com escalas muito diferentes: um buraco negro “calmo”, localizado relativamente perto, na galáxia NGC 1433, e outro,  muito distante e muito ativo, chamado PKS 1830-211 .

"O ALMA revelou uma estrutura espiral surpreendente no gás molecular localizado próximo do centro da galáxia NGC 1433," diz Françoise Combes (Observatório de Paris, França), que é o autor do primeiro trabalho.

"Isso explica como o material está fluindo para “alimentar” o buraco negro. Com as novas observações afiadas do “ALMA”, descobrimos um jato de material que flui para longe do buraco negro, por apenas 150 anos-luz. Este é o menor fluxo molecular já observado em uma galáxia externa . "

Já, no buraco negro  PKS 1830-211, Ivan Martí-Vidal (da “Chalmers University of Technology, Onsala Space Observatory”, em  Onsala, na Suécia), e sua equipe, também observou um buraco negro supermaciço, que possui um jato,  muito mais brilhante, mais ativo, e extremamente incomum, porque sua luz brilhante passa por  uma enorme galáxia que está em seu caminho em direção a Terra.

De tempos em tempos, os buracos negros supermaciços, de repente “engolem” uma grande quantidade de massa, o que aumenta a potência do jato, e aumenta a radiação até as mais altas energias.

As duas novas observações são apenas o começo das investigações da equipe, utilizando o “ALMA”, sobre o funcionamento de jatos de buracos negros supermaciços, próximos e distantes.

Segundo Ivan Martí-Vidal, "Ainda há muito a se aprender sobre como os buracos negros podem criar esses enormes jatos energéticos de matéria e de radiação. Mas os novos resultados obtidos, mostram que esta iniciativa é uma exclusiva e poderosa ferramenta para sondar estes jatos - e as descobertas estão apenas começando ".

A galáxia NGC 1433 está localizada na constelação do Relógio (Horologium).


Crédito da Imagem -  NGC 1433 : ALMA (ESO/NAOJ/NRAO)/NASA/ESA/F. Combes
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Uma Espiral Anêmica!

terça-feira, 26 de novembro de 2013.
ngc4921_colombari_960
NGC 4921 é uma galáxia espiral barrada pertencente ao aglomerado Coma (Abell 1656) , um grande aglomerado de galáxias que contém em torno de 1000 galáxias identificadas, localizado na constelação boreal da Cabeleira de Berenice (Coma Berenices), a cerca de 320 milhões de anos-luz da Terra. 

A galáxia tem um núcleo com uma estrutura barrada, que está cercado por um anel distinto de poeira, que contém “estrelas bebês”, azuis e quentes, recentemente formadas.

A parte externa é composta por braços espirais extraordinariamente suaves , mal demarcados.

Em 1976, o astrônomo canadense Sidney van den Bergh, caracterizou esta galáxia, como "anêmica", por causa da baixa taxa com que as estrelas estão sendo formadas. 

Ele observou que ela tem "um brilho excepcionalmente pequeno e exibe notáveis braços espirais difusos".

No entanto, NGC 4921 é a galáxia espiral mais brilhante do aglomerado de Coma, e está localizada perto do centro do grupo de galáxias do aglomerado. Além disto, tem uma velocidade relativa elevada (7.560 km/s), em comparação com a velocidade média do aglomerado.

Em 4 de maio de 1959, uma explosão de supernova foi observada nesta galáxia, pelo M.L. Humason, através do Observatório Palomar, localizado na cidade de San Diego, Califórnia . 

Ela foi detectada "longe do centro" da galáxia, e atingiu um pico de magnitude estimada de 18,5. 

Sua curva de luz teve significativas semelhanças a supernova SN 1987a, que ocorreu na Grande Nuvem de Magalhães , e exibiu "um incomum comportamento fotométrico".

Crédito da Imagem: Dados do “Hubble Legacy Archive”, ESA, NASA; Processamento- Roberto Colombari.
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Um pulsar milissegundo e o planeta tataravô em Escorpião!

sexta-feira, 22 de novembro de 2013.
m4_noao
M4, ou NGC 6121, é um Aglomerado Globular que foi descoberto por Philippe Loys de Chéseaux, em 1746, e catalogado por ele com o número 19.

Posteriormente, foi observado e catalogado por diversos outros astrônomos, os mais famosos foram Lacaille, William Herschel e Charles Messier, que o catalogou como M4 (Messier 4).

M4 é considerado um dos mais próximos aglomerados globulares do céu, com uma distância aproximada de 7.200 anos luz, na direção da constelação de Escorpião (Scorpius).

Ele está se afastando de nós a uma velocidade de 70,4 Km/seg., e contém ao menos 43 estrelas variáveis até então conhecidas. Sua classe espectral foi determinada como sendo F8, e seu índice de cor foi mensurado como B-V=1,03.
Projeção realizada em 22/11/2013 para a cidade de São Paulo - Brasil
M4, em destaque, se encontra abaixo do horizonte do observador.
Em 1987, o primeiro “pulsar milissegundo” foi descoberto neste aglomerado. 

Um “pulsar milissegundo” é um corpo celeste que emite pulsos de rádio a certos intervalos de tempo, e neste caso o intervalo de tempo é de milissegundos , em outras palavras, é uma estrela de nêutrons que gira em torno de seu eixo (rotação), centenas de vezes por segundo. 

Esta pulsar, 1821-24, é uma estrela de nêutrons, que rota e pulsa, uma vez a cada 3 milissegundos, ou seja, um total de 300 vezes por segundo, e é 10 vezes mais rápida que a famosa pulsar Crab em M1 (Messier 1), localizado na Constelação do Touro (Taurus).

Em agosto de 1995, o telescópio espacial Hubble fotografou estrelas anãs brancas em M4, que estão dentre as estrelas mais velhas da nossa galáxia.

Em julho de 2003, novas investigações com o Hubble identificou um planeta orbitando uma destas anãs brancas. Este novo planeta possui uma massa de 2,5 vezes a massa de Júpiter.

Neste sistema, o planeta provavelmente tenha cerca de 13 bilhões de anos de idade. Quando comparado com nosso Sistema Solar, que tem aproximadamente 4,5 bilhões de anos, este planeta, torna-se o planeta mais antigo até então conhecido. Intrigante, não é?

Milissegundo (ms) é uma unidade de medida de tempo. Corresponde a 10-3 segundos, ou seja, um milésimo de segundo. (1ms=0,001 seg.)

Crédito da Imagem: T2KA, KPNO 0.9-m Telescope, NOAO, AURA, NSF

Projeção e Efeitos: Stellarium / As Maravilhas do Céu Estrelado
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O Fantasma de Mirach!

quinta-feira, 21 de novembro de 2013.
PIA11393_NGC_404
O Fantasma de Mirach (NGC 404), "Ghost of Mirach" , é uma galáxia que tem este nome devido ao fato de estar tão próxima da estrela Mirach, que se perde em seu brilho, aparentando ser um fantasma. 

Mirach é uma estrela gigante vermelha considerada a mais brilhante da constelação de Andrômeda, juntamente com a estrela “Alpheratz” (alpha And.), já que ambas possuem magnitudes visuais de 2,06.

O nome popular da estrela “Mirach”, provém do árabe “Mizar”, e significa “o quadril”. Além disto, pode também ser chamada de “Beta And.” e de “Beta Andromedae”. 

Mirach está localizada muito próximo da galáxia, a apenas 200 anos-luz de distância. E sua localização fica facilitada pois é visível a olho nu.

Entretanto, o campo de visão do “fantasma” se estende por 55 mil anos-luz de diâmetro, possui magnitude visual de 11, e está localizado a 11 milhões de anos-luz da Terra.

Mas quando a galáxia “fantasma” é vista em luz ultravioleta, é possível detectar um anel nunca antes visto. 

Este anel, visto em azul na imagem acima, contém novas estrelas, o que é uma surpresa, considerando que a galáxia foi previamente pensada, como sendo, essencialmente, morta.

Crédito de imagem: NASA / JPL-Caltech / DSS

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Veja como Marte era há bilhões de anos atrás!

terça-feira, 19 de novembro de 2013.
Marte
Há bilhões de anos atrás, quando o planeta vermelho era jovem, ele parece ter tido uma atmosfera densa, que estava quente o suficiente para suportar oceanos de água líquida, um ingrediente essencial para a vida. 

A animação mostra como a superfície de Marte poderia ter sido durante este período antigo, começando com um lago marciano.

Animação sobre a Evolução do Planeta Marte


O conceito do artista é baseado em evidências de que Marte já foi muito diferente. 

Nuvens em movimento rápido sugerem a passagem do tempo, e a mudança a partir de um clima quente e úmido, para um clima frio e seco. 

Os lagos secam, enquanto a atmosfera, gradualmente, faz a transição de céu azul semelhante à Terra, para os tons de rosa empoeirados, visto em Marte hoje.

Crédito: NASA
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Entenda a trajetória do Cometa ISON!

segunda-feira, 18 de novembro de 2013.

Veja uma simulação de vôo do Cometa ISON, através do céu da Terra, com este simulador incrível interativo! 

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O que são as Estrelas?

quarta-feira, 13 de novembro de 2013.
Falando de Estrelas - Parte 01

Desde a Aurora da Humanidade os seres humanos se fascinam ao olhar para um céu totalmente estrelado. Milhares e milhares de pontos luminosos fulguravam no céu noturno como pequenas jóias cintilantes, atraindo a atenção dos homens primitivos, que os olhavam com fascínio e curiosidade.

Desde então sempre uma dúvida permaneceu na mente de todos: o que são estes pontos luminosos que vemos no céu à noite?

Estamos, é claro, falando das estrelas.

As vemos todas as noites, quando o céu não se encontra coberto de nuvens, distribuídas por todos os recantos da abóbada celeste, algumas de maior brilho, outras de menor luminosidade.

Este fato foi um dos primeiros a ser estudado pelos gregos antigos. Inicialmente por Hipparcos e em seguida por Ptolomeu, que definiram os princípios básicos de uma classificação do brilho das estrelas, as magnitudes, que perdura até hoje.

As estrelas mais brilhantes foram consideradas como de primeira grandeza, e as mais fracas como sendo de sexta grandeza.


Percebeu-se também que a distribuição das estrelas pelo céu não era uniforme, pois haviam regiões onde elas pareciam se agrupar e outras que aparentavam até mesmo ser vazias, isto é, não conter nenhuma estrela.

Estes agrupamentos, com o auxílio da imaginação, faziam com que fosse possível associar a eles formas de pessoas, animais ou até objetos; surgia então o conceito de constelação.

Outro fenômeno, facilmente visível a todos, era que todos os astros, as estrelas, o Sol, a Lua e os planetas, nasciam no horizonte leste e se punham no horizonte oeste. Nascia aí o conceito do dia, e este movimento é conhecido como o “movimento diurno”.

No entanto, apesar de todas estas observações e conceitos a respeito do comportamento dos astros no céu noturno, pairava ainda no ar uma pergunta: o que são as estrelas?

Esta pergunta só veio a ser plenamente respondida no século XX, com o avanço da Astronomia e dos instrumentos científicos destinados à observação das estrelas e demais astros.

As estrelas são gigantescas esferas de gás, que possuem a capacidade de gerar no seu interior enormes quantidades de energia, liberando assim, dentre outras coisas, luz e calor.

Suas dimensões são tão descomunais, que seriam preciso milhares de planetas como a Terra, unidos, para se chegar ao tamanho de uma pequena estrela.

Porque então elas aparecem no céu à noite como pequeninos pontos luminosos? É que elas se encontram a distâncias imensas de nós, tão grandes que a luz que delas provém levam dezenas, centenas, milhares de anos para chegar até nós, mesmo viajando pelo espaço a uma velocidade de 300.000 Km por segundo.

Para se ter uma idéia, a estrela mais próxima da Terra, depois do Sol, é a Alfa da constelação do Centauro. A luz que ela emite viaja durante mais de quatro anos para chegar até nós, percorrendo uma distância de 40.124.160.000.000 de quilômetros!

Existem estrelas de várias colorações: azuis, brancas, amarelas, alaranjadas e vermelhas. As mais quentes são as azuis e as mais frias são as vermelhas.

As estrelas possuem tamanhos diversos, desde as menores, denominadas Anãs, até as maiores, denominadas Super Gigantes.

O Sol, é uma estrela amarela e pequena, com idade em torno de 5.000.000.000 (cinco bilhões) de anos.

As estrelas se agrupam no espaço em sistemas denominados galáxias, e a nossa galáxia denomina-se Via Láctea.

A Via Láctea abriga em seu interior cerca de 100.000.000.000 (cem bilhões) de estrelas, e a luz levaria cerca de 100.000 anos para percorrê-la de um lado a outro.

Além da Via Láctea existem bilhões e bilhões de outras galáxias no Universo, levando-nos próximos ao conceito de infinito, forçando-nos a refletir sobre a beleza e a imensidão de tudo o que existe, e do desafio que temos, enquanto seres, de tentar estudar e compreender tudo o que nos cerca.

Até breve!

Eng. João Batista Salgado Loureiro 
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Um Haltere na Raposa!

sexta-feira, 8 de novembro de 2013.
m27_snyder_900
M27, ou NGC 6853, é uma nebulosa planetária, também chamada de “Dumbbell Nebula”, que significa “Nebulosa do Haltere”.

É um deleite para os olhos! 

M27 é uma das mais brilhantes nebulosas planetárias do céu, e é talvez uma das mais lindas! 

Tem oitava magnitude, e pode ser vista com binóculos, na direção da constelação da Raposa ( Vulpecula ).

A luz a partir de M27 leva cerca de 1000 anos para chegar até nós, mostrada na imagem acima, em cores emitidas pelo hidrogênio e oxigênio . 


Possui uma estrela central fraca, difícil de se observar, com aproximadamente 13,5 magnitudes.


Compreender a física e a importância da M27 foi bem além da ciência do século 18. E ainda hoje, muitas coisas permanecem misteriosas, sobre a bipolar nebulosa planetária M27.

Foi descoberta e catalogada como Messier 27 (M27), por Charles Messier em 1764, e sua idade é de 48.000 anos.

Crédito da Imagem: Bill Snyder ( Bill Fotografia Snyder )
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Comandantes da ISS, vão dar volta olímpica espacial, com a Tocha de abertura dos Jogos Olímpicos de Inverno de 2014!

quinta-feira, 7 de novembro de 2013.
Um novo trio de Engenheiros da Expedição 38, ancorou ao compartimento de encaixe do Rassvet, ás 05:27 hs, desta quinta-feira. Eles decolaram do Cosmódromo, de Baikonur, no Cazaquistão, às 23:14 hs, desta terça-ferira, a bordo da nave espacial Soyuz TMA-11M.

Algumas horas depois, eles abriram as escotilhas da Soyuz e da Estação, e foram recebidos por seis membros da tripulação da ISS (International Space Station).

Esta será a primeira vez, desde outubro de 2009, que nove pessoas, irão residir juntas na estação, sem a presença de um Ônibus Espacial.

No entanto, apenas quatro dias mais tarde, os moradores da estação vão dizer adeus para Yurchikhin, Nyberg e Parmitano, todos tripulantes da Expedição 37, quando "desencaixarem", na nave espacial Soyuz TMA-09M, e iniciarem uma viagem de volta rumo ao Cazaquistão na Terra, com previsão de chegada de 3 horas e meia depois da decolagem.

Quando a Expedição 37 voltar para casa, neste domingo, eles vão ter concluído uma estadia de cinco meses e meio no espaço. 

Já, a nova Expedição 38, tem previsão de viver e trabalhar no espaço, até maio de 2014.

A Missão da Expedição 38 começa oficialmente, quando a equipe da expedição anterior deixar a estação espacial, e Kotov se tornar o comandante. Kotov irá se tornar comandante da estação pela segunda vez, já que a primeira se deu na Expedição 23, em 2010.

Os atuais noves membros de ambas as Expedições, vão participar de uma conferência nesta sexta-feira, dia 08/11/2013, e vão falar sobre o 15º aniversário de Construção da Estação Espacial, que tem sido ocupada continuamente por 13 anos.

Eles também vão discutir a "caminhada espacial" que acontecerá no dia seguinte, quando Kotov e Ryazanskiy, carregarem a Tocha Olímpica em uma volta fora da estação. A tocha, entregue pela Expedição 38, vai voltar para casa com a Expedition 37, e será utilizada na abertura dos Jogos Olímpicos de Inverno de 2014, que ocorrerá em Sochi, na Rússia.
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Um eclipse a 44.000 pés!

Pela primeira vez, um avião foi usado para interceptar um eclipse solar extremamente curto!

O eclipse solar que ocorreu em 3 de novembro e foi capturado a bordo de um jato fretado que voava sobre o Atlântico a 500 km por hora.

Um eclipse solar, assim chamado, é um raríssimo fenômeno de alinhamentos, que ocorre quando a Lua se interpõe entre a Terra e o Sol, ocultando completamente a sua luz numa estreita faixa terrestre. 


Já, este eclipse solar foi classificado como híbrido. 

Um eclipse híbrido acontece quando a curvatura da Terra faz com que o eclipse seja observado como anular em alguns locais, e total em outros. 

O eclipse total é visto nos pontos da superfície terrestre que estão ao longo do caminho do eclipse e estão fisicamente mais próximos à Lua, e podem, assim, serem atingidos pela umbra; outros locais, menos próximos da Lua devido à curvatura da Terra, caem na penumbra da lua, e enxergam um eclipse anular.

Crédito da imagem: Ben Cooper (Launch Photography)
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Uma Gigante Colisão de Galáxias no Serpentário!

quarta-feira, 6 de novembro de 2013.
ngc6240_w11
Ao observar o sistema NGC 6240, podemos ver uma peculiar nuvem de gás quente em torno de duas grandes galáxias espirais, que estão em colisão, em interação, e que têm tamanhos similares a nossa galáxia, a Via Láctea.

Este reservatório de gás, contém a massa de 10 bilhões de sóis, se estende por 300 mil anos-luz, e irradia calor a uma temperatura de 7 milhões de graus Kelvin (6.999.727 ºC).

Uma explosão de formação de estrelas, que durou pelo menos 200 milhões de anos, pode ter sido responsável por essa grande nuvem extra de gás quente.

Cada galáxia do sistema, contém um gigante buraco negro supermaciço em seu centro. Ambos os buracos negros estão se aproximando, um em direção ao outro, e podem eventualmente se fundirem, para formarem um buraco negro muito maior.

Este processo de fusão, o qual se iniciou, há aproximadamente 30 milhões de anos atrás, disparou uma dramática formação de estrelas na região, e despertou numerosas explosões de Supernovas. A fusão se completará em torno de dez a centenas de milhões de anos.

Outra consequência da interação destas galáxias, é que o gás contido em cada uma delas, foi violentamente agitado. Isto causou um “Baby Boom”, inúmeras novas estrelas nasceram em velocidades astronômicas, que durou pelo menos 200 milhões de anos. 

Durante esta explosão de nascimento estelar, algumas das estrelas mais maciças, evoluíram e explodiram de forma relativamente rápida como supernovas .

NGC 6240 situa-se a 400 milhões de anos-luz de nós, dentro do campo de visão da constelação do Serpentário (Ophiuchus). 

O que o futuro reserva para NGC 6240? Muito provavelmente as duas galáxias espirais, irão formar uma jovem galáxia elíptica ao longo de milhões de anos. 

Quer encontrar NGC 6240 no céu? As coordenadas para o ano 2000 (J2000) são: Ascensão Reta: 16h 52m 59s /  Declinação: +02° 24' 01.70"



Nesta nova imagem composta de NGC 6240, os raios-X do Chandra, revelam a nuvem de gás quente, que está em cor púrpura. Estes dados foram combinados com dados ópticos do telescópio espacial Hubble, em vermelho, verde e azul.

Um artigo descrevendo esses novos resultados em NGC 6240, está disponível on-line, e apareceu no 10 de março de 2013, na edição do “The Astrophysical Journal”. 

Crédito da imagem: X-ray (NASA/CXC/SAO/E.Nardini et al); Optical (NASA/STScI)
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O Telescópio Kepler anuncia uma nova Era para a Astronomia!

terça-feira, 5 de novembro de 2013.
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Cientistas de todo o mundo estão reunidos esta semana, no Centro de Pesquisa Ames da NASA, em Moffett Field, na Califórnia, para a segunda Conferência “Kepler” de Ciência , onde discutirão as últimas conclusões referentes as análises dos dados que foram coletados do telescópio espacial Kepler.

Inclusos nestes resultados, está a descoberta de 833 novos planetas, que serão anunciadas hoje, pela equipe de Kepler. 

Dez destes candidatos, têm menos do que o dobro do tamanho da Terra, e orbitam a zona habitável de seus Sóis, que é definida como o intervalo de distância a partir de uma estrela, onde a temperatura da superfície de um planeta em órbita, podem ser adequados para a existência de água na forma líquida.

Há dois anos atrás, nesta conferência, a equipe do Kepler anunciou o primeiro planeta localizado nesta zona habitável, o Kepler-22b

Desde então, mais quatro candidatos foram localizados nesta zona habitável, incluindo dois pertencentes a um único sistema.

Os dados desta análise, também mostram que a maioria das estrelas em nossa galáxia tem pelo menos um planeta

Isso sugere que a maioria das estrelas no céu noturno, pode ser o lar de sistemas planetários, talvez alguns como o nosso Sistema Solar.

"O impacto dos resultados da missão Kepler na pesquisa a respeito de exo-planetas, e astrofísica estelar, é ilustrado pela presença de cerca de 400 cientistas, de 30 países, na Conferência Kepler de Ciência", disse William Borucki, investigador principal do centro Ames. "Nós nos reunimos para celebrar e expandir o nosso sucesso coletivo, na abertura de uma nova Era da Astronomia."

Desde os primeiros três anos de dados coletados do Kepler, mais de 3.500 mundos potenciais surgiram. 

Desde a última atualização, em janeiro, o número de candidatos a planetas, identificados pelo Kepler, aumentou em 29 por cento, e agora totalizam 3.538.

Uma análise liderada por Jason Rowe, pesquisador do Instituto SETI, em Mountain View, na Califórnia, determinou que o maior aumento, de 78 por cento, foi encontrado na categoria de planetas que têm o mesmo tamanho da Terra. Esta análise utilizou dados de uma base de observações realizadas, a partir de maio de 2009 a março de 2012. As descobertas de Rowe, apoiam a tendência observada de que os planetas menores são mais comuns.

Uma análise estatística independente, de quase quatro anos de dados coletados pelo Kepler, sugere que uma em cada cinco estrelas como o nosso Sol, é o lar de um planeta que tem até duas vezes o tamanho da Terra, orbitando em um ambiente temperado. 

Uma equipe de investigação liderada por Erik Petigura, doutorando na Universidade da Califórnia, em Berkeley, utilizou dados publicamente acessíveis do Kepler para obter este resultado.

Dados do Kepler, também alimentaram outro campo da astronomia, apelidado de Asterosismologia - o estudo do interior das estrelas. 

Os cientistas examinaram as ondas de som geradas pelo movimento de ebulição (transporte de calor por convecção), que ocorre abaixo da superfície de estrelas. 

Eles sondaram a estrutura interior de uma estrela, assim como os geólogos fazem quando usam ondas sísmicas geradas por terremotos, para sondar a estrutura interior da Terra.

A missão do Kepler é determinar qual a percentagem de estrelas, como o nosso Sol, que possuam pequenos planetas ao seu redor, que tenham o tamanho e a temperatura aproximada com a existente na Terra


Durante quatro anos, o telescópio espacial monitora, simultaneamente e continuamente, o brilho de mais de 150.000 estrelas, e realiza uma medição a cada 30 minutos. Mais de um ano dos dados coletados continuam a ser totalmente revistos e analisados.


Kepler é missão do “NASA's 10th Discovery Missione”, que foi financiado pela agência "Science Mission Directorate".
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A Leônidas, uma chuva de Meteoros que já fez espetáculos no céu estrelado, e poderá ser vista da Terra este mês!

leonids983_ Lorenzo Lovato
A Leônidas, Leonids (LEO), é uma prolífica Chuva de Meteoros, do tipo radiante, que aparecerá no céu entre os dias 14/11 e 21/11, tendo seu pico estimado para acontecer em 18/11.

Ela está entre as mais espetaculares chuvas de meteoros. A mais famosa tempestade ocorreu em 1833, e tinha uma “força” verdadeiramente superlativa. 

Uma estimativa da época, previu, que cerca de mais de cem mil meteoros caíram na Terra em uma hora, e após amainar a chuva, por um curto período, um outro pico se iniciou, e 200 mil meteoros entraram na atmosfera, num período de uma hora.

Este evento foi observado pelo fundador e primeiro líder do mormonismo, Joseph Smith, que anotou em seu diário, e o relacionou com o cumprimento literal da palavra de Deus, e um sinal claro, do retorno de Cristo.

A Leônidas tem este nome devido a localização de seu radiante, ou seja, os meteoros parecem irradiar a partir de um ponto no céu, localizado na constelação de Leão (Leo). E é associada ao cometa periódico, 55P/Tempel Tuttle, que tem um período orbital de 33 anos.


Uma chuva de meteoros ocorre quando a Terra passa por uma região da sua órbita, onde um cometa deixou um rastro de matéria (corrente meteoroide), composto por gases e partículas sólidas, que são ejetados do cometa quando este se aproxima do Sol, como seus gases congelados que evaporam sob o calor do Sol, quando ele está perto o suficiente, geralmente mais perto do que a órbita de Júpiter.

Estas partículas sólidas desse rastro de matéria, são "varridas" pela Terra, e entram na atmosfera, aumentando consideravelmente o número de meteoros que podem ser observados.

Leônidas tem um fluxo veloz que encontra o caminho da Terra a uma velocidade de 72 km/s. Os maiores meteoroides de Leônidas têm cerca de 10 mm de diâmetro, e meio grama de massa, e são mundialmente conhecidos por geraram uma “chuva” extremamente brilhante, com magnitude aparente de -1,5. Um “chuveiro” anual de Leônidas pode depositar 12 ou 13 toneladas de partículas em todo o planeta.

A Leônidas tem declinação, para o ano 2.000, de 22º0’, e ascensão reta, para o ano 2.000, de 10h12min. 

Ademais, o cometa 55P/Tempel Tuttle foi descoberto por Ernst Tempel, em 19 de dezembro de 1865, e por Horace Parnell Tuttle, em 06 de Janeiro de 1866, e é dai, que vem o seu nome.

Para saber qual horário de sua ocorrência nesta região do céu, e nestes dias, consulte seu anuário.

Créditos:

Primeira Imagem: Linda vista da Chuva de Meteoros Leônidas capturada por Lorenzo Lovato, Itália.
 
Ilustração: Desenho ilustrativo de uma chuva de meteoros, e sua relação com a passagem de um cometa. Observatório Astronômico Frei Rosário - MG.

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O Céu Noturno de Novembro de 2013

segunda-feira, 4 de novembro de 2013.
Vídeo muito interessante no aprendizado do reconhecimento do céu, além de ser útil para também podermos contemplar o céu noturno como é visto do hemisfério norte.


Vídeo: Céu Noturno - Hemisfério Norte - Mês: Novembro/13
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Uma "Ilha Universo” dos Cães de Caça!

sexta-feira, 1 de novembro de 2013.
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M106, ou NGC 4258, é uma galáxia espiral muito grande e brilhante, que pode ser observada com binóculos. Ela é um exemplo próximo da classe de galáxias ativas Seyfert, que são vistas em todo o espectro de rádio e de raios-x. 

Em observações com telescópios médios, pode-se observar em seu núcleo uma grande região mosqueada (sarapintada), cercada por uma fraca auréola. 

Com maiores telescópios e com o céu escuro, M106 parece mais uma “Ilha Universo'”, uma espiral com 30 mil anos-luz.

Em fotografias, já é possível observar que seus braços espirais, contêm jovem aglomerados de estrelas azuis, e berçários estelares avermelhados em suas extremidades. 

No centro da galáxia, supõe-se que exista um buraco negro, gigante com 35 milhões de massas solares. 

Esta “Maravilha Celeste”, foi descoberta pelo astrônomo francês Pierre Méchain, em 1.781, e posteriormente Charles Messier a incluiu em seu catálogo. Possui 9,5 de magnitude visual, e está localizada a 21 milhões de anos-luz da Terra, na constelação dos Cães de Caça (Canes Venatici).

Crédito da Imagem: Composição da Imagem- Hubble Legacy Archive; Adrian Zsilavec, Michelle Qualls, Adam Block / NOAO / AURA / NSF.
Processamento - André van der Hoeven.
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As Maravilhas do Céu Estrelado © 2005 - todos os direitos reservados para o autor: Engº João Batista Salgado Loureiro | Template By Mundo B |