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Astrônomos descobrem a primeira estrela do tipo TZO, uma híbrida proveniente da interação entre uma super gigante vermelha e uma estrela de nêutrons.

quinta-feira, 5 de junho de 2014.
Os cientistas detectaram a primeira estrela de uma variedade de objetos interestelares batizada como objetos "Thorne-Zytkow" (TZOs), que foi teorizada em 1975 pelo físico Kip Thorne e a astrônoma Anna Zytkow.

Os objetos do tipo TZOs são híbridos de uma super gigante vermelha e uma estrela de nêutrons, por se assemelhar superficialmente a super gigantes vermelhas normais, como a Betelgeuse, na constelação de Orion. Elas se diferem, no entanto, devido as suas diferentes assinaturas químicas, resultantes de uma única atividade interna.

Acredita-se que as TZOs são formadas pela interação de duas estrelas, uma super gigante vermelha imensa e uma estrela de nêutrons, durante uma explosão de supernova.

Embora o mecanismo exato de formação destes tipos de objetos ainda seja incerto, a teoria mais difundida sugere que durante a interação evolutiva destas duas estrelas, a super gigante vermelha, que é mais maciça, engole, essencialmente, a estrela de nêutrons, que se contorce em espiral para dentro do núcleo da super gigante vermelha. 

Considerando que as super gigantes vermelhas normais obtêm sua energia a partir da fusão nuclear de seus núcleos, as TZOs são impulsionadas pela atividade incomum das estrelas de nêutrons absorvidas em seus núcleos. 

A descoberta desta TZO fornece evidências para um modelo estelar interior anteriormente não detectado pelos astrônomos.

O líder do projeto, Emily Levesque , da Universidade do Colorado, em Boulder, disse: "Estudar esses objetos é emocionante porque representa um modelo completamente novo de como os interiores estelares podem trabalhar. Nestes interiores também temos uma nova forma de produzir elementos pesados ​​em nosso universo." 

O estudo, aceito para publicação na revista "Monthly Notices da Royal Astronomical Society", tem as co-autorias de Philip Massey, do Observatório Lowell, em Flagstaff, Arizona; de Anna Żytkow da Universidade de Cambridge, no Reino Unido; e de Nidia Morrell do Observatórios Carnegie, em La Serena, Chile.

Os astrônomos fizeram a descoberta com o telescópio "Magellan Clay" de 6,5 metros, de Las Campanas, no Chile. Eles examinaram o espectro de luz emitida a partir de super gigantes vermelhas, aquele que diz quais elementos estão presentes. 

Quando o espectro de uma determinada estrela-HV2112, na Pequena Nuvem de Magalhães, foi exibido pela primeira vez, os observadores ficaram bastante surpresos com algumas de suas características incomuns.

No momento em que Levesque e seus colegas focaram um olhar mais atento sobre as linhas sutis do espectro, eles descobriram que ele continha um excesso de rubídio, lítio e molibdênio. 

Pesquisas anteriores demonstraram que os processos estelares normais podem criar cada um desses elementos. Mas a alta abundância de todos os três, nas temperaturas típicas de super gigantes vermelhas é uma assinatura única das TŻOs.

A equipe observou que  a HV 2112 mostrou algumas características químicas que não se encaixam exatamente com os modelos teóricos. Mas também consideraram que as previsões teóricas são bastante antigas, e que tem havido uma série de melhorias na teoria desde então.

Fonte: Observatório Lowell

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