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O que é uma Supernova?

segunda-feira, 18 de janeiro de 2016.
É a explosão de uma estrela! É a maior explosão que acontece no Espaço! 

É um dos estágios finais da vida das estrelas, mas somente poucas estrelas da nossa Via láctea tiveram este final tão esplendoroso.

Em outras palavras, supernova é a extraordinária morte de alguns tipos de estrelas, é considerada a maior explosão do Universo e liberam mais energia do que o nosso Sol em toda a sua existência, mais de um bilhão de vezes sua energia. Lançam vastas quantidades de radiação letal no Universo.

A cintilação das estrelas no céu noturno infelizmente não dura para sempre. O tempo de vida de uma estrela depende de quão grande e pesada ela é, quanto maior for mais curta será sua existência. 

Quando uma estrela é significativamente mais pesada do que o nosso Sol, mais massiva que o Sol, ela costuma usar seu combustível, que é vital, até o fim, e então se colapsa, infla e se auto destrói resultando em uma explosão catastrófica chamada “Supernova”. E seus corações, núcleos, podem se tornar estrelas de nêutrons, ou buracos negros estelares. 

Esta explosão gera um raio de letalidade de aproximadamente 1.000 anos-luz da estrela, ou seja, tudo que existe dentro deste raio é destruído.

Este fenômeno é muito raro de acontecer na Via Láctea, apenas cinco supernovas já foram detectadas em nossa galáxia no último milênio. 

Com as recentes tecnologias avançadas, astrônomos amadores do mundo todo e inúmeros institutos de pesquisa estão detectando ocorrências de diversas Supernovas extragalácticas, ou seja, fora de nossa galáxia. 

Se houvesse uma explosão deste tipo no centro de qualquer sistema planetário, isto causaria a extinção de todas as formas de vida deste sistema planetário, esterilizaria todas as formas de vida em qualquer planeta deste sistema. O poder de destruição de uma supernova é absoluto, mas ao mesmo tempo sabe-se que são essenciais para a criação de novos planetas, estrelas, galáxias e todas as formas de vida. 

A explosão produz muita luz mas também gera elementos químicos pesados e leves, como por exemplo: ferro, cálcio, sódio ou qualquer elemento da tabela periódica pois quaisquer deles originaram-se destas explosões antes da formação do nosso Sol.

Estes elementos gerados nestas explosões e lançados no espaço compõem planetas, plantas e pessoas. Os cientistas acreditam que o cálcio dos nossos ossos e o oxigênio que respiramos são "preparados nas estrelas".

As ondas de choque das estrelas que explodem, comprimem nuvens de gás próximas a elas, levando-as ao seu colapso gravitacional, e em seguida elas recomeçam o processo de formação de novas estrelas, de planeta e de vida.

Os astrônomos calculam que a cada segundo uma supernova ocorra em algum lugar do Universo, e se Deus quiser longe de nosso planeta. 

Ocorrem por volta de 30 milhões de supernovas por ano, e isto tem ocorrido ao longo dos 10 bilhões de anos de existência do nosso Universo.

Não tem como saber quando a próxima supernova acontecerá, é um processo aleatório, impossível de se prever. Se uma supernova se aproximar da Terra pode destruir a vida que aqui existe.

Os astrônomos estão constantemente monitorando duas estrelas da nossa galáxia Via Láctea que são potencialmente capazes de explodir como supernovas e que estão próximas da Terra. 

Uma delas fica no centro da nebulosa Eta Carina, há 9000 anos-luz de distância. A estrela Eta Carina é uma estrela muito grande com talvez até 100 vezes a massa do Sol, tem uma vida curta e seu fim pode acontecer em breve. 

A outra é a Betelgeuse (alpha orionis), esta efervescente estrela tem 14 vezes o tamanho do Sol e está mais próxima da Terra que Eta Carina, está a 429 anos luz de distância e pode ser visível até mesmo de dia.

Estas enormes explosões além de destruir e criar estrelas, planetas e pessoas, também pode liberar uma tremenda energia na forma de raios cósmicos. 

Estas partículas de energia, altamente carregadas, atingem o nosso planeta todos os dias e tem até mesmo a capacidade de alterar a evolução. 

Segundo os especialistas, os raios podem alterar as formas de vida e mutações genéticas podem ocorrer quando raios cósmicos atingem os seres vivos, pois interferem com o DNA das células. 

Se ocorresse uma supernova próxima da Terra, receberíamos 100, 1000 ou um milhão de vezes mais raios cósmicos do que normalmente.

Espécies antigas podem se extinguir e novas podem se desenvolver. As Supernovas podem ser um agente de mudança maléfico ou benéfico para nós.

Uma explosão lança gases quentes, fragmentos e escombros no espaço. Os gases que compõem uma estrela são ejetados a uma velocidade de 15000 Km/seg, criando uma concha que se expande e que finalmente se torna muito grande.

A colisão destes escombros estelares na onda de choque produz calor intenso e comprimentos de ondas invisíveis ao olho humano, e pode produzir raios do tipo: X, infravermelho e raios gama. 

Os raios gama são as formas de luz mais poderosas do Universo, e podem ser extremamente letais se atingirem a Terra.

O satélite Swift está sempre monitorando os céus e procurando por explosões de raio gama.

E quando são encontradas são batizadas com o nome de “Supernova + o ano do descobrimento” ou de apenas “SN + o ano de descobrimento”. 

Em caso do descobrimento de diversas supernovas em um mesmo ano é comum acrescentar no final do nome letras do alfabeto para diferenciá-las.

As supernovas são classificadas em Tipo I e Tipo II de acordo com a presença de hidrogênio em seu espectro. A do tipo I não tem hidrogênio em seu espectro e é classificada em 3 sub-classes: Tipo Ia, Tipo Ib e Tipo Ic.

A Tipo Ia aparece em todos os tipos de galáxias mas com menor freqüência nos braços espirais de galáxias espirais.

As Tipo Ib e Tipo Ic parecem explodir apenas nos braços espirais de galáxias espirais. E ambas mostram evidências de oxigênio, cálcio e magnésio em seu espectro após seu pico de brilho. Já as do tipo Ib mostram evidências de hélio próximo do momento de máxima luz. 

A Tipo II possui hidrogênio em seu espectro e não aparece em galáxias elípticas. 

Acredita-se que a explosão do tipo II é o resultado de uma explosão do núcleo de uma estrela gigante vermelha.

Uma nebulosa formada por uma Supernova é constituída pelos restos destas explosões, é chamada de “Supernova Remanescente” e  pode conter diversos elementos químicos. 

E quando Supernovas Remanescentes são encontradas são batizadas com o nome “Supernova Remanescente + o ano do descobrimento” ou de apenas “SNR + o ano de descobrimento”. 

Porque os astrônomos se interessam em estudar uma supernova e seus restos? Supernova são extremamente importantes para entender nossa própria galáxia a Via Láctea. Estas explosões são responsáveis pela formação de todos os elementos químicos considerados mais pesados do que o ferro em nosso Universo. Muitos elementos, semelhantes ao cobre, ao mercúrio, ao ouro, ao iodo e ao chumbo que nós podemos ver ao nosso redor aqui na Terra, hoje foram esquecidos nestes eventos violentos de bilhões de anos atrás. A expansão do contorno dos restos de uma supernova é misturada com os outros materiais da Via Láctea e tornaram-se material bruto para novas gerações de estrelas e planetas. 

Os cientistas usam as supernovas para estudar o Cosmos, e através destes estudos eles descobriram recentemente que o Universo está se expandindo cada vez mais rápido, e não mais devagar como se achava.


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