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O pinguim e seu ovo cósmico

quarta-feira, 21 de agosto de 2013.
O Telescópio Espacial Hubble da NASA/ESA produziu esta imagem vívida de um par de galáxias em interação conhecidas como Arp 142. 

Este tipo de interação se dá quando duas galáxias "andam" muito próximas uma da outra, e passam a interagir entre si, causando mudanças espetaculares em ambos os objetos. Em alguns casos, as duas chegam a se fundir, mas em outros, chegam a ser dilaceradas. 

Logo abaixo do centro da imagem podemos ver uma forma azul torcida que é a galáxia NGC 2936, uma das duas galáxias que está interagindo e que formam a Arp 142, na constelação da Hidra. Hoje, apelidada de "o pinguim" ou "toninha" por astrônomos amadores.

A NGC 2936 costumava ser uma galáxia espiral padrão antes de ser destruída pela gravidade de sua companheira cósmica. Os restos de sua estrutura espiral ainda podem ser vistos - o "ex-bojo" galáctico agora forma o "olho" do pinguim, em torno do qual ainda é possível ver onde estiveram os braços da galáxia. 

Estes braços interrompidos agora moldam o "corpo" do pássaro cósmico como faixas brilhantes de azul e vermelho através da imagem. Esses arcos direcionados para baixo perto da companheira de NGC 2936, a galáxia elíptica NGC 2937, visível aqui com uma forma "oval" branca e brilhante, nos dando a impressão de serem semelhantes a um pinguim que salvaguarda seu ovo. 

Os efeitos da interação gravitacional entre as galáxias podem ser devastadores. O par Arp 142 estão perto o suficiente para interagir violentamente, trocando matéria entre si e causando estragos. 

Na parte superior da imagem existem duas estrelas brilhantes, as quais se encontram no primeiro plano do par Arp 142. Uma delas é cercada por uma trilha de material azul cintilante, que na verdade é uma outra galáxia. Esta galáxia está muito longe para ter o poder de desempenhar um papel na interação - o mesmo acontece com as galáxias salpicadas ao redor do corpo da NGC 2936. 

No fundo podemos ver as formas alongadas de cores azul e vermelho de muitas outras galáxias, que se encontram a enormes distâncias de nós - mas que podem ser vistas pelo olho clínico do Hubble. 

Este par de galáxias foi batizado pelo astrônomo norte-americano Halton Arp, o criador do Atlas de Galáxias Peculiares , um catálogo de galáxias que tem formas "estranhas" e que foi originalmente publicado em 1966. 

Arp compilou o catálogo em uma tentativa de entender como as galáxias evoluem e mudam sua forma ao longo do tempo. Ele escolheu os alvos que tinnham as mais peculiares aparições. Mas os astrônomos mais tarde perceberam que muitos dos objetos do catálogo de Arp eram de fato galáxias em interação e fusão. 

Esta imagem é uma combinação de luz visível e infravermelha, criado a partir de dados recolhidos da Wide Field Planetary Camera 3 (WFC3) do telescópio espacial Hubble da NASA / ESA. 

Crédito da imagem: NASA, ESA, e Hubble Heritage Team (STScI / AURA)

1 Comentário:

Engº João Batista Salgado Loureiro disse...

O Telescópio Espacial Hubble é um projeto de cooperação internacional entre a ESA (Agência Espacial Européia) e a NASA.

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