Há dois mitos diferentes associados com a constelação do Cisne:
1) Faetonte (ou Phaethon) era o filho da oceânide Clímene, cujo marido era o rei etíope Mérops. Um dia a mãe de Phaethon contou a ele que Mérops não era seu pai e que seu verdadeiro pai era o deus Apollo, também conhecido como o deus do Sol (algumas crenças apontam ser Hélio - o Sol - o pai de Phaethon).
Quando Phaethon gabou-se para seus amigos que seu verdadeiro pai era um poderoso deus, seus amigos caçoaram dele e disseram que ele não estava dizendo a verdade.
Magoado, Phaethon novamente foi perguntar a sua mãe se o que ela o havia dito era verdade, e sua mãe respondeu: “Vá até o deus do Sol e pergunte a ele você mesmo já que você duvida de minha palavra.”
O deus do Sol ficou encantado quando viu seu filho e prometeu a Phaethon que lhe daria alguma coisa para que pudesse utilizar como prova de sua ascendência divina.
Phaethon pensou por um instante e finalmente disse ao deus que ele queria sua permissão para dirigir a carruagem do Sol para cruzar o céu durante um dia inteiro.
Apollo ficou chocado com o pedido de seu filho e imediatamente tentou convencê-lo que aquilo era uma coisa muito perigosa de se fazer e que iria reconsiderar seu pedido. Mas, Phaethon não voltou atrás e mesmo sem o consentimento de seu pai, colocou seu plano em ação.
Phaethon começou a pilotar a carruagem pelo céu, mas como era muito inexperiente em dirigir carruagens não conseguiu guiar os cavalos corretamente.
De repente, os cavalos se assustaram com os signos do zodíaco e saíram em disparada para o alto no céu, voaram para bem alto e muito longe, na ansiedade de ressurgirem no alto do horizonte oriental e alcançar o topo da enorme cúpula do céu.
Neste percurso, eles se aproximaram demasiadamente do céu e inevitavelmente chamuscaram uma enorme faixa do céu, faixa esta que se tornou a famosa Via Láctea.
Carruagem do Sol sendo conduzida por Phaeton |
Entretanto, a superfície da Terra tornou-se muito fria por causa da carruagem do Sol estar tão alta no céu e tão distante da Terra que não mais conseguia aquecê-la.
Em seguida os cavalos mergulharam em direção a Terra para tentar envolvê-la e tornar a aquecê-la e a iluminar.
E neste movimento roçaram e dessecaram por completo a zona equatorial da Terra até deixar todos os habitantes daquela região com a pele tostada.
Em seguida, cruzaram a África e ressecaram a Terra novamente, criando um imenso deserto, esgotando os rios, lagos e as poças de água.
Zeus, deus de todos os deuses, desorientado com o que estava presenciando, decidiu que era tempo de parar aquele moço imprudente e evitar que houvesse mais destruição.
E, assim o poderoso deus fulminou Phaethon com um raio, matando o garoto instantaneamente, e conduziu o seu corpo em combustão rolando para baixo até cair no rio Erídano. Depois, o deus conduziu em segurança os cavalos até os seus estábulos.
Entretanto, Phaethon tinha um amigo muito devotado chamado Cycnus, o rei músico dos Ligurians. E, ao ficar sabendo do destino de seu amigo, Cycnus mergulhou no rio Erídanus e nadou para todas as direções, mergulhando repetidas vezes para tentar encontrar o corpo de Phaethon.
Seus movimentos por meio da água o induziram a experimentar como era o movimento na água de quando um cisne procura por alimento.
Apollo, vendo o esforço de Cycnus, teve piedade dele e imediatamente o retirou do rio e o colocou na constelação Cygnus, o cisne, pelo resto da eternidade.
OUTRA VERSÃO:
2) Segundo a mitologia grega, Zeus amou de diversas formas, amou tanto homens, quanto mulheres e até animais. Nesta passagem, ele se apaixonou pela rainha Leda de Esparta, esposa do Tíndaro de Esparta e filha de Thestius (Téstio), rei da Etólia, e de Eurítemis.
Zeus encantando com a beleza de Leda resolveu conhecê-la, não com a aparência de um deus mas sim disfarçado como um belo cisne.
Leda de Leonardo da Vinci |
E como uma majestosa criatura apressou-se em direção a Terra para encontrar sua desejada amada.
Leda notou o lindo cisne que estava chegando e brincou com ele, mesmo sem saber sua verdadeira identidade.
Ao entardecer Zeus, ainda disfarçado, seguiu sua amada Leda, cortejando-a. Neste passeio, Leda engravidou do lindo cisne no mesmo dia em que havia engravidado de seu marido, e carregou de volta para casa dois ovos em seu ventre.
Depois de algum tempo, um ovo chocou Pollux e Helen, imortais de ascendência de Zeus, o outro ovo chocou Castor e Clytemnestra, mortais de ascendência de Tíndaro, seu marido.
Muitos contam que em uma noite estrelada o grande cisne branco voou para sempre ao longo da Via Láctea e até os dias de hoje é visto na constelação Cygnus, o cisne.
Créditos:
Primeira Imagem: Constelação do Cisne por Johannes Hevelius - astrônomo polonês (1611-1687)
Pintura:
Artista: Leonardo da Vinci
Data: 1510
Local de Criação: Milão, Itália
Estilo: High Renaissance
Gênero: Pintura Mitológica
Técnica: Óleo
Material: Painel
Dimensões: 112 x 86 cm
Galeria: Galleria Borghese, Roma, Itália
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