Um pigmento de pinturas rupestres pré-históricas foi escolhido, após uma imensa pesquisa, para proteger e blindar a sonda “Solar Orbiter” da ESA, contra os efeitos do Sol em sua missão.
O pigmento, que é feito de carvão de osso queimado, será aplicado ao protetor de titânio da sonda, utilizando-se de uma nova técnica.
O composto é feito de carvão obtido de ossos queimados, a mesma substância que era utilizada há 30 mil anos atrás nas pinturas da Caverna Chauvet, no sul da França.
O fosfato, conhecido como “Solar Black”, é produzido por uma empresa irlandesa conhecida como Enbio, que originalmente desenvolveu sua técnica “CoBlast” para revestimento de implantes médicos com titânio.
Na imagem acima, uma pintura rupestre de Chauvet, no sul França, com 30 000 anos de idade. Eles empregavam osso queimado de incêndios como a fonte de seu pigmento preto.
Para sobreviver, a sonda terá que operar atrás de um escudo térmico com múltiplas camadas de titânio, cuja cor deve se manter inalterada durante toda a missão.
"O corpo principal da nave espacial terá um protetor multi-camadas de 3,1 m por 2,4 m ", explicou Pierre Olivier, engenheiro de segurança da “Solar Orbiter”.
Uma mudança nas propriedades "termo-ópticas" do escudo , ou seja, a forma como reflete ou absorve a radiação solar, poderia cozinhar os delicados equipamentos da sonda.
Em testes, a substância foi exposta a tudo, da luz solar e radiação ultravioleta, à prova de aderência, com aplicação e retirada de uma fita adesiva para ver se nada saia do lugar, informou a ESA em um comunicado.
O "osso carbonizado" é usado até hoje, na produção de fertilizantes, na purificação do açúcar branco, e na filtragem de metais pesados da água.
A Sonda não tripulada“Solar Orbiter”, prevista para ser lançada em 2017, vai levar um grupo de instrumentos que realizarão imagens de alta resolução da nossa estrela-mãe, a uma distância de 42 milhões de quilômetros, distância esta um pouco maior do que um quarto da distância do Sol até a Terra.
Com operação com “olhar” constante e direto ao Sol, a missão enfrentará 13 vezes a intensidade da luz solar terrestre, com temperaturas subindo tão alto quanto 520 ° C (graus Celsius).
Fonte: ESA
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