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O Aglomerado de Pégaso!

segunda-feira, 28 de outubro de 2013.
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M15, ou NGC 7078, é um aglomerado que foi descoberto por Jean-Dominique Maraldi (Maraldi II, 1709-1788), em 1746, enquanto ele observava o cometa “De Chéseaux”. 

Na ocasião, ele o descreveu como sendo um nebuloso astro, razoavelmente brilhante, e composto de muitas estrelas. Anos depois, em 3 de Junho de 1.764, o aglomerado foi observado e catalogado por Charles Messier, que o batizou de M15..

M15, também conhecido por “Pegasus Cluster” que significa “Aglomerado de Pégaso”, está localizado a 33.600 anos-luz de distância, na constelação de Pegasus (Pégaso). 

Seu brilho visual total de 6,2 magnitudes, combinado com uma magnitude absoluta de -9,17, lhe dá a propriedade de brilhar aproximadamente 360.000 vezes mais do que o nosso Sol.

Este aglomerado com 100.000 estrelas, continua orbitando o centro da Via Láctea, e é considerado uma relíquia quando se trata da história de nossa galáxia.

Suas estrelas mais brilhantes têm magnitudes aparentes de aproximadamente 12,6, e absolutas de -2,8, o que equivale a dizer, que elas têm uma luminosidade de 1.000 vezes a do nosso Sol.

Com instrumentos mais limitados de observação, é possível observar M15 com um tamanho muito pequeno, algo em torno de 7 arcos de minuto.

Este aglomerado, tem a terceira posição em uma classificação da população de estrelas variáveis, depois de M3, e de Omega Centauri. Nele, foi detectado um total de 112 variáveis.

M15 está se aproximando de nós a uma velocidade de 107 km/seg., e é talvez um dos mais densos aglomerados de todos os aglomerados de estrelas da nossa galáxia, a Via Láctea.

Curiosamente, o núcleo de M15 tem passado por um processo de contração, chamado “colapso ou falência do núcleo”, que é um processo muito comum na evolução dinâmica de globulares. 

De um total de 150 aglomerados globulares até então conhecidos, 21 deles, contêm esta ocorrência em seus núcleos. Estes tipos de aglomerados, têm características muito peculiares, seus núcleos centrais são extremamente pequenos, quando comparados a aglomerados comuns, e metade das massas destes aglomerados estão concentradas em uma recôndita esfera daquela área.

É ainda obscuro dizer, se o núcleo central de M15 é tão denso, simplesmente por causa da interação gravitacional mútua das estrelas, ou se lá, é o lar de um denso e supermassivo objeto. 

O que se sabe é que a verdadeira natureza destes objetos, é desconhecida no momento, e muitos cientistas acreditam que eles são fortes candidatos a futuros buracos negros.

Além disso, o aglomerado globular M15, contém um número considerável de 9 estrelas do tipo pulsares conhecidas. Estas são estrelas de nêutrons, remanescentes de antigas explosões de supernovas, que ocorreram na época em que o aglomerado era jovem.

Ademais, este aglomerado é muito especial por conter a primeira nebulosa planetária descoberta em um aglomerado globular, que foi batizada de Pease 1. Esta é uma das, somente quatro, nebulosas planetárias conhecidas nos aglomerados globulares da Via Láctea.

Crédito da Imagem: ESA, Hubble, NASA

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